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Montenegro felicita Rio pela vitória e pede que "devolva unidade" ao partido

18 jan, 2020 - 22:47 • Cristina Nascimento com Lusa

Candidato derrotado nas diretas do PSD considerou que notícia da sua morte política "é manifestamente exagerada".

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O candidato à liderança do PSD Luís Montenegro reconheceu este sábado a derrota nas eleições diretas e disse que já telefonou ao presidente Rui Rio a saudá-lo pela vitória, pedindo-lhe que tenha "a capacidade de devolver a unidade ao partido".

"Aqui não há nenhum equívoco e nenhuma dúvida ele é o vencedor destas eleições, é credor do nosso cumprimento", afirmou Luís Montenegro, que reclamou representar os votos de cerca de 47% dos militantes do PSD.

No discurso da noite, feito num hotel de Lisboa, Montenegro considerou ainda que "é manifestamente exagerada" a notícia da sua morte política. Montenegro salientou que esta "foi a primeira vez" que concorreu à liderança do PSD e disse ter "tido muita honra" em participar nesta disputa.

"Não tenho nenhuma previsão sobre aquilo que possa ser o futuro, mas quero dizer de uma forma clara: não vale pena anunciarem a minha morte política, porque creio que essa notícia é manifestamente exagerada", afirmou.

Na declaração em que reconheceu a derrota, Luís Montenegro garantiu que vai ao Congresso do PSD, que se realiza entre 7 e 9 de fevereiro, em Viana do Castelo, mas assegurou que, num futuro próximo, não irá assumir qualquer cargo no partido.

Questionado se admite ser candidato nas autárquicas de 2021, o antigo deputado considerou que "esta questão não se coloca" de momento.

"Eu não sou político de profissão, sou político por missão, não tenho essa visão de preocupação em relação ao meu futuro político. Estou centrado em ser um militante ativo do PSD e continuar a contribuir e colaborar para que o partido tenha êxito nos seus diversos combates", afirmou.

Montenegro foi recebido na sala do hotel onde acompanhou a noite eleitoral com demorados aplausos de pé pelos seus apoiantes, chegando acompanhado da mulher, da ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque, da mandatária nacional Margarida Balseiro Lopes, do antigo líder parlamentar Hugo Soares e do diretor de campanha e deputado Pedro Alves.

Na fase de perguntas e respostas à comunicação social, Montenegro disse estar "sempre disponível" para ajudar o seu partido, mas assegurou que "nos próximos tempos" não tenciona desempenhar "nenhuma função nem nenhum cargo" no PSD.

"Vou regressar, depois destes meses de campanha, com muita tranquilidade e de consciência tranquila à minha condição de militante de base", afirmou.

Questionado sobre as razões pelas quais considera que a sua candidatura não saiu vencedora, disse não achar "interessante" fazer essa análise.

"O que é interessante é verificar que o partido relegitimou o dr. Rui Rio e deu-lhe nova oportunidade de poder inverter - e com ele o partido - o ciclo de maus resultados eleitorais".

Quanto à sua participação no congresso de Viana do Castelo, Montenegro definiu-a como "uma participação no debate".

"Não vou reivindicar no congresso nada que não seja o que me compete, que é dar a minha opinião, o meu contributo: participar nesse grande debate que é a reunião magna do PSD, esgoto aí a minha participação no congresso e creio que já não é pouco", disse.

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  • Adélio Prequenino
    19 jan, 2020 21:15
    Por um voto se ganha . E por um voto se perde. Ora, o Dr. Montenegro não perdeu por um voto mas por muitos. Os militantes do PSD foram bem expressivos. Disseram que não queriam aventureiros a chefiar o PSD. Como o Dr. Montenegro ainda não perdeu os apetites de ser chefe, tem agora uma oportunidade de concretizar esse sonho se se candidatar a chefe da maçonaria , fazendo concorrência a Fernando Lima. Fernando Lima é um demónio fechado. Montenegro é um diabo aberto. Exorto o Dr. Montenegro a concorrer à liderança da Maçonaria. E se ganhar, exorto - o a abrir as portas da igreja maçónica. Porque não? As portas das igrejas de Cristo também não se encontram abertas? Porque não abrir também as portas da maçonaria? Mas deixe livre a Dr. Maria Luís Albuquerque para que ela venha a ser a nova ministra das finanças de Portugal , sem pressões da maçonaria. Bom Domingo.
  • José J Cruz Pinto
    19 jan, 2020 ILHAVO 04:45
    A morte política da criatura poderá ser exagerada, mas a da Tralha e Lixo Pseudo-Social-Democrata que aceitou representar e ainda o rodeia é manifestamente a mais desejada pela grande maioria dos Portugueses. E, se não aceitar(em) morrer, que emigre(m) - deixem-nos, a nós todos e ao Rio, em paz! Desamparem-nos a loja!

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