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Estudantes de Lisboa saem à rua para exigir mais segurança nos campus universitários

14 jan, 2020 - 14:45 • Redação

A manifestação desta terça-feira acontece depois de um estudante ter sido esfaqueado mortalmente junto à Faculdade de Ciências, mas alunos afirmam que "a insegurança já está instalada há algum tempo."

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Alunos da Universidade de Lisboa reúnem-se, esta terça-feira, pelas 18h30, em frente à Reitoria, num protesto intitulado “Iluminar o Campus”, para exigir medidas que aumentem a segurança nesta zona.

Os estudantes - que a organização estima que sejam mais de 300 - vão levantar lanternas para alertar para o que consideram ser um dos maiores problemas de segurança: a falta de iluminação.

“Há muitas zonas que não têm iluminação de todo, há zonas que apesar de terem candeeiros instalados, por falta de manutenção, não se encontram ligados. E depois temos candeeiros que existem e estão ligados, mas que são muito antigos e, portanto, a luz é insuficiente para que um aluno saia à noite da faculdade e se sinta seguro para andar nas imediações da sua ‘segunda casa’”, explica à Renascença, Filipe Gomes, presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito e um dos responsáveis pelo movimento "Campus Seguro" que está a dinamizar esta iniciativa.

Apesar do protesto surgir depois da morte, no final do mês passado, de um jovem de 24 anos junto à Faculdade de Ciências, Filipe Gomes assegura que os problemas de falta de segurança sentidos “não são de agora” e que “a insegurança já está instalada há algum tempo”, existindo diversos relatos de assaltos e "outras situações ilícitas, como tráfico de estupefacientes".

O movimento - que, atualmente, agrega 16 associações de estudantes da Universidade de Lisboa e ainda outras que, não pertencendo a mesma instituição de ensino, estão solidárias com a causa – pretende, por isso, colaborar com as autoridades para que as várias situações de insegurança sentidas terminem, o mais rapidamente possível.

Outra proposta da organização avançada à Renascença para combater os problemas de insegurança é “a criação de uma comissão, em conjunto com a Câmara Municipal de Lisboa e com a Reitoria da Universidade de Lisboa, para que se possa fazer um plano de avaliação dos campi, não só do da Cidade Universitária, mas também de outros que também possam sentir estes problemas".

O objetivo é que "a comissão esteja encarregue de avaliar a segurança e progressivamente implementar medidas para que os campi se tornem cada vez mais seguros, sobretudo nesta altura do ano em que os alunos ficam até muito tarde nas faculdades a estudar para os exames”.

A organização espera que mais de 300 estudantes se juntem esta terça-feira a esta iniciativa que pretende sensibilizar as autoridades e a opinião pública para este problema.

O campus da Cidade Universitária é o maior de Portugal, com 10 faculdades e cerca de 37 mil estudantes.

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