12 jan, 2020 • José Bastos
Os militantes do PSD voltam aos votos no próximo sábado, dia 18 de janeiro. Há sempre uma primeira vez. Nas nonas eleições diretas no PSD, é a primeira vez que os social-democratas seguem para uma segunda volta, apesar da regra já constar dos estatutos há oito anos.
Assim o confronto entre Rui Rio actual presidente do PS e o ex-líder parlamentar terá lugar numa espécie de 'finalíssima' depois de Rui Rio ter ficado a 170 votos da maioria absoluta e da vitória, uma mera questão de décimas fazendo assim a eleição interna prolongar-se. Rio assumiu a presidência do PSD em fevereiro de 2018 depois de ter derrotado Pedro Santana Lopes e já venceu Luís Montenegro, em janeiro de 2019, quando ainda não tinha cumprido um ano na liderança.
Este sábado Rio obteve 49,44% dos votos (15301 votos), Montenegro 41,26% (12767 votos) e Miguel Pinto Luz 9,3% (2878 votos). Dos 40604 militantes aptos a votar, 31306 foram às urnas em eleições que registaram 219 votos em branco e 141 nulos. Assim, Rui Rio venceu com vantagem confortável nas concelhias e distritais onde se antecipava como provável grande divisão de votos e encurtou distâncias onde Montenegro triunfou.
A 18 de janeiro está a caminho uma confirmação fácil de Rui Rio ou uma vitória histórica de Montenegro? É uma das perguntas para Luís Aguiar-Conraria, professor da Universidade do Minho, Manuel Carvalho da Silva, professor da Universidade de Coimbra e Nuno Botelho, presidente da Associação Comercial do Porto, num espaço que olhará ianda para a crise Irão-Estados Unidos e que conta ainda, habitualmente, com Nuno Garoupa, professor da GMU Scalia Law, Universidade de Arlington, Virginia.