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​Governo apela a médicos para que continuem a participar nas juntas médicas

09 jan, 2020 - 14:04 • Fátima Casanova , Cristina Nascimento

Médicos de saúde pública queixam-se de estar mais tempo a cuidar de questões burocráticas do que a cuidar de pacientes.

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Dentro de dois meses, o Governo quer ter soluções para os médicos de saúde pública. A perspetiva é do secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales.

Em declarações à Renascença, Sales explica que está para sair o despacho para formar a comissão de acompanhamento da reforma da saúde pública que vai determinar algumas mudanças.

“O Ministério da Saúde vai criar uma comissão de acompanhamento e de implementação da reforma de saúde pública onde, com certeza, esta matéria será abordada e todas as propostas feitas serão, com certeza, tidas em consideração”, diz, adiantando que “num prazo relativamente curto, de 60 dias” poderão “apresentadas soluções nesta área”.

Nestas declarações, o governante apela aos médicos de saúde pública “para que não deixem de participar nas juntas médicas de avaliação de incapacidades e possam continuar a cumprir com a sua função de defesa da saúde pública nacional”.

O apelo surge depois dos médicos de saúde pública terem admitido recusar a participação em juntas médicas, alegando que estão a dedicar mais tempo a questões puramente burocráticas do que aos cuidados de saúde prestados aos utentes.

Também o bastonário dos Médicos, Miguel Guimarães, sublinha que é frequente a queixa destes clínicos de que o trabalho nas juntas médicas lhes ocupa "o tempo praticamente todo".

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