07 jan, 2020 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)
371 dias é esta a duração estimada da circum-navegação que o Navio Escola Sagres está a fazer – uma viagem incrível em torno da Terra.
Os tripulantes contam já com dois dias de aventura, mas há muitos números, e bem interessantes, a saber sobre esta e outras aventuras do género.
A circum-navegação do Navio Escola Sagres homenageia a aventura de Magalhães e leva o melhor de Portugal aos quatro cantos do mundo. Até vinho!
No total, serão 22 portos, 19 países e 371 dias no mar. A circum-navegação iniciada no domingo é a maior viagem de sempre do Navio Escola Sagres e vai homenagear a primeira viagem marítima em torno da Terra, iniciada por Fernão de Magalhães em 1519 e concluída em 1522 por Juan Sebastián Elcano, que assumiu o comando da missão após a morte de Magalhães, em 1521.
No século XVI, uma volta ao mundo em três anos era qualquer coisa de notável. Se acha que, 500 anos depois, fazê-lo em pouco mais de um ano é ainda mais notável, então saiba que há recordes ainda mais incríveis.
Entre janeiro e março de 2005, o francês Bruno Peyron comandou a circum-navegação mais rápida da História: 50 dias, 16 horas, 20 minutos e quatro segundos.
Mas não o fez sozinho, ao contrário de Jean Luc van den Heede, um francês que, até há 30 anos, era professor de matemática e depois decidiu especializar-se como velejador solitário. 122 dias, 14 horas, 3 minutos, 49 segundos pela rota do oeste.
Também solitária, Ellen MacArthur: 71 dias, 14 horas, 18 minutos e 33 segundos.
Mas a viagem de circum-navegação que mais impressionou foi a de Colin Angus. Em 2006, este explorador canadiano, hoje com 49 anos, percorreu 43 mil quilómetros por terra e mar, usando a sua própria energia. Remou em dois oceanos, pedalou, esquiou e correu em 13 países de três continentes.
São alguns exemplos das mais notáveis viagens de circum-navegação à Terra.
500 anos é daquelas celebrações para se fazer em grande. Vai daí, fazemo-nos outra vez ao mar, homenageando o passado de uma nação de exploradores que levou o melhor de si aos quatro cantos da Terra.
E, desta vez, não é exceção. A bordo do Navio Escola Sagres seguem duas barricas de vinho produzido pela câmara de Oeiras. São 280 litros de vinho generoso que vão cruzar quatro vezes a linha do Equador.
Dizem os entendidos que a ondulação amadurece o produto. A verdade é que este Villa Oeiras já recebeu seis prémios nacionais e internacionais.
E agora vai dar a volta ao mundo, tal como Fernão de Magalhães, há 500 anos.