Emissão Renascença | Ouvir Online
João Ferreira do Amaral
Opinião de João Ferreira do Amaral
A+ / A-

​Mais do mesmo

20 dez, 2019 • Opinião de João Ferreira do Amaral


Não há razões para crer que a nossa economia vá acelerar significativamente, a taxa de desemprego deverá ter um ligeiro decréscimo, a balança de pagamentos continuará equilibrada.

Nesta altura do Natal e do fim do ano – que, no que nos diz respeito, coincidiu este ano com a apresentação do Orçamento do Estado - é costume olhar para as projecções económicas, tentado formar uma visão do que nos pode esperar no próximo ano.

A verdade é que na actualidade, dificilmente este exercício poderia ser mais desinteressante.

Não há razões para crer que a nossa economia vá acelerar significativamente – o mais provável é apresentar um crescimento idêntico ao de 2019 ou até um pouco inferior (menos que 2%, o que não entusiasma ninguém), a taxa de desemprego deverá ter um ligeiro decréscimo, a balança de pagamentos continuará equilibrada.

Nesta economia de faz de conta que impera na União Europeia é atribuída grande importância e são lançados numerosos foguetes ao previsto excedente orçamental, resultado aliás completamente inadequado à situação estrutural do País– mas a economia de faz de conta não se preocupa com essas minudências estruturais como sejam necessidades de investimento público em capital físico e humano que continuam subfinanciados para permitir esse milagroso excedente.

Mas, claro a enorme incerteza existente sobre a evolução económica mundial, agravada pelas trapalhadas em que a União Europeia tem sido fértil nos últimos anos poderão afectar este cenário de estabilidade, ainda que pouco brilhante. Temeu-se uma recessão durante 2019 e não se verificou (não havia aliás indícios fores de recessão). Mas os mais pessimistas poderão admitir que ela se possa verificar em 2020, embora, a meu ver, não seja um cenário provável.

A ver vamos.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.