17 dez, 2019 - 20:54 • Redação
O fim do segredo pontifício para casos de abusos sexuais é mais um sinal de “tolerância zero” para este assunto dentro da Igreja, acredita D. Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa e responsável pela comissão de proteção de menores do Patriarcado.
Para D. Américo Aguiar, o passo dado pelo Papa é mais um impulso para a verdade.
“Vejo isso como mais um grito do Papa para que levemos a sério o desejo de a Igreja encarar com total transparência e tolerância zero o fenómeno da pedofilia”, diz.
A decisão de Francisco beneficia não só as vítimas mas também os que são falsamente acusados de terem praticado abusos, explica o bispo.
“Este retirar do segredo pontifício é mais um gesto, mais um sinal, para encorajar todos os que foram vítimas ao longo dos tempos, todos os que foram desrespeitados, e todos os que até por ventura injustamente acusados têm a possibilidade de, sem esse bloqueio, avaliar e estudar os casos que aconteceram. Com acesso a esses documentos pode-se facilitar mais o acesso à verdade”, afirmou D. Américo à margem da comemoração dos 40 anos da Universidade Católica Portuguesa no Porto.
D. Américo Aguiar, que é presidente do Conselho de Gerência do grupo Renascença, foi nomeado no passado mês de março para presidir à comissão que no Patriarcado de Lisboa recebe denúncias e avalia suspeitas de abusos sexuais praticados por membros da Igreja sobre menores. A comissão é composta por um grupo de leigos com especialidade em diversas áreas.
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