18 dez, 2019 - 08:40 • Liliana Carona com redação
No Dia Internacional das Migrações, o bispo da Guarda denuncia que os serviços do SEF na região estão sem capacidade de resposta. D. Manuel Felício diz à Renascença que os refugiados aguardam meses para serem atendidos.
Conta que muitos estão de passagem, chegam sem documentos, mas a resposta do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras tarda. “As nossas terras não são um destino de imigração em grande escala, mas passam por aqui e com zero documentos. Se não há quem receba as pessoas em dificuldades vamos ao SEF, mas aqui não tratam logo dos assuntos e quando recebem esta gente? Lá para janeiro ou fevereiro? E já é muito bom. Há marcações de meio ano”, alerta.
D. Manuel Felício revela ainda que no Seminário do Fundão estiveram 24 refugiados da Etiópia e do Iémen, mas agora só lá estão 12. “As nossas terras não são lugar de destino, mas como lugar de passagem as pessoas têm direito a ser bem recebidas”, defende.
O Bispo da diocese da Guarda considera que há problemas pontuais que exigem novas respostas e, sobretudo, presença. “Não se pode estar apenas na assistência” e alerta para a necessidade de discutir novas respostas no âmbito social.