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"Governo não pode querer governar na base da ameaça", alerta Bloco

18 dez, 2019 - 18:21 • Paula Caeiro Varela , com redação

Mariana Mortágua desafia os socialistas com uma intervenção onde reforçou a ideia de que o Governo não quis negociar com a esquerda.

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O Governo é minoritário e não pode governar com “base "na ameaça", disse esta quarta-feira no Parlamento Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda (BE).

Mariana Mortágua respondia ao PS, que trouxe para as declarações políticas a proposta de Orçamento do Estado para 2020, sublinhando que é um orçamento de continuidade e de esquerda.

A deputada bloquista desafiou os socialistas com uma intervenção onde reforçou a ideia de que o Governo não quis negociar com a esquerda.

“Acha mesmo que o Orçamento não tem de se pronunciar sobre qual vai ser o aumento das pensões ou o regime do complemento solidário para idosos. Acha mesmo que temos de aceitar um Orçamento que tem verbas para a habitação que são menos de metade daquilo que o PS prometeu em campanha eleitoral e que não chegam para cumprir o programa do 1.º Direito, portanto, há uma inconsistência entre aquilo que é afirmado no relatório do Estado e aquilo que está nos mapas dos orçamentos para a habitação. Acha mesmo que os trabalhadores por turnos têm de continuar à espera de ter uma resposta para poder ter mais direitos”, questionou Mariana Mortágua.

“Senhor deputado, sem ameaças, porque quem não tem maioria absoluta não pode querer governar na base da ameaça, é a resposta a estas perguntas que vai decidir se este é ou não é um Orçamento de continuidade”, desafiou a parlamentar.

O vice-presidente da bancada socialista, João Paulo Correia, confia que o apoio da esquerda não vai faltar e explicou porquê.

João Paulo Correia considera que o OE 2020 é um orçamento de continuidade, na medida em que “reforça o investimento no Serviço Nacional de Saúde, nos transportes públicos, na ferrovia, no material circulante, reforça a dotação orçamental para o Passe Único”, uma das “medidas emblemáticas da última legislatura”.

“Portanto, não temos a menor dúvida de que quem ajudou a construir estas medidas, que fizeram com que Portugal alcançasse os resultados que são conhecidos, em matéria de crescimento económico, de aumento do rendimento das famílias e redução da pobreza, de certeza que não poderão estar contra as medidas que constituem a força política do Orçamento do Estado para 2020”, sublinha o deputado do PS.

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