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Nova Zelândia. Mais de 1,2 milhões de centímetros quadrados de pele para ajudar feridos

11 dez, 2019 - 07:39 • Joana Gonçalves com agências

Entre os 31 feridos, 27 ficaram com mais de 71% do corpo queimado e estão em estado considerado grave. Atividade do vulcão paralisa operações de busca.

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Erupção na Nova Zelândia deixa cinco mortos e dezenas de desaparecidos
Erupção na Nova Zelândia deixa cinco mortos e dezenas de desaparecidos

O Instituto Vitoriano de Medicina Forense da Austrália vai disponibilizar pele para as vítimas de queimaduras, que ficaram feridas na sequência da erupção na Ilha Branca, na Nova Zelândia.

De acordo com TVNZ, estação televisiva nacional, já foram enviados 1,2 milhões de centímetros quadrados de pele, que foram encomendados aos Estados Unidos, aos quais acrescem mais 10 mil centímetros quadrados do Banco de Doadores de Tecidos de Victoria. A confirmação foi dada, esta quarta-feira, pelo chefe da instituição.

O serviço de doação de órgãos e tecidos de Sydney também enviou mais 10 mil centímetros de tecido.

Toda a pele, doada por pessoas que morreram, foi enviada para a Unidade de Serviço de Sangue em Auckland e será utilizada no processo de recuperação das vítimas de queimaduras.

A pele será aplicada às feridas depois de removido todo o tecido morto.

Esta quarta-feira, uma das vítimas será transportada de Wellington para a Austrália, por militares australianos. O mesmo deverá acontecer a todas as restantes vítimas australianas com necessidade de tratamento.

As autoridades da Nova Zelândia apontam para pelo menos 12 mortos e 31 feridos, 27 dos quais ficaram com mais de 71% do corpo queimado e estão em estado considerado grave, com lesões por inalação de gás e cinzas. Há ainda a registar dois desaparecidos.

Os médicos não descartam a possibilidade de que outros feridos possam morrer na sequência das queimaduras.


Atividade do vulcão Whakaari paralisa operações de busca

O aumento da atividade do vulcão Whakaari, na Nova Zelândia paralisou, esta quarta-feira, as operações de busca dos oito turistas desaparecidos.

Um porta-voz da polícia neozelandesa explicou que embora a recuperação dos corpos seja uma prioridade, as equipas de socorro não devem ser colocadas em perigo.

"Para enviar as equipas temos de ter a certeza absoluta de que é seguro", sublinhou Bruce Bird, numa conferência de imprensa em Whakatane, a cerca de 50 quilómetros de Whakaari, uma ilha no nordeste da Nova Zelândia também conhecida como White Island.

A agência governamental GeoNet indicou, em comunicado, que a atividade vulcânica do Whakaari "aumentou significativamente," lembrando que o nível de alerta permanece no 3, numa escala de 5.

Cerca de 50 pessoas visitavam a Ilha Branca, no norte da Nova Zelândia, quando o vulcão entrou em erupção no início da tarde de segunda-feira.

Das 47 pessoas da ilha no momento da erupção, com idades entre 13 e 72 anos, 24 eram da Austrália, nove dos Estados Unidos, cinco da Nova Zelândia, quatro da Alemanha, dois da China, dois do Reino Unido e um da Malásia.

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