11 dez, 2019 - 15:11 • Redação
A seleção feminina de futebol dos Estados Unidos da América foi eleita Atleta do Ano pela revista norte-americana "TIME".
"Se havia alguma dúvida, antes do Mundial, que os EUA tinham enviado uma equipa que transcendia o desporto, isso tornou-se enfaticamente claro no regresso da equipa de França, quando milhares de adeptos se alinharam, nas ruas de Manhattan, para partilhar a alegria de 23 mulheres cujo orgulho na sua conquista, e determinação de o ver partilhado, parecia marcar uma nova era", escreve a revista.
A "TIME" salienta como, entre um processo legal contra a Federação norte-americana de futebol - por "receberem menos e serem pior tratadas" que os seus homólogos masculinos, com "rendimentos inferiores, apesar dos resultados superiores" -, a seleção feminina dos EUA "tornou um torneio de futebol numa 'master class' de como usar uma plataforma desportiva para forçar progresso social". E, depois de levantar o cetro mundial, festejou sem pruridos.
"A mensagem era clara: se lutas por algo importante, algo maior que tu, e fazes por merecer cada migalha, porque não desfrutar?", frisa a revista.
A camisola da seleção feminina dos EUA tornou-se a mais vendida, no campo do futebol, da história da Nike. A luta pelo "equal pay" alastrou-se a outros países. Megan Rapinoe tornou-se o rosto do futebol feminino e das causas de igualdade da modalidade.
"A seleção feminina dos EUA não evocou sentimentos fáceis de patriotismo que provêm de agitar a bandeira, mas sim do espírito envolvente da união mais perfeita que simboliza", escreve a "TIME".