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Tóquio 2020

Benfica normaliza relação com Federação de judo

06 dez, 2019 - 16:47 • Lusa

A intenção é recuperar "o quadro de estabilidade que se deseja" antes da participação da seleção portuguesa nos Jogos Olímpicos.

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O Benfica congratulou-se, esta sexta-feira, com a normalização da relação com a Federação Portuguesa de Judo (FPJ). O clube lisboeta notou que o entendimento entre as partes recupera "o quadro de estabilidade que se deseja" antes da participação nos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio.

"Na sequência da reunião realizada com a Federação Portuguesa de Judo, esta quinta-feira, nas instalações do clube, o Benfica esclarece e congratula-se com o facto de voltarem a estar reunidas as condições para um correto relacionamento institucional e funcional entre as duas instituições", anunciou o Benfica, em comunicado publicado no site oficial.

O Benfica e a direção da FPJ comprometem-se com "o desenvolvimento de uma estratégia conjunta", que, segundo o clube, conferirá "a tranquilidade essencial na preparação dos Jogos Olímpicos".

"Com os olhos postos no futuro, o entendimento alcançado permitirá estreitar e reforçar a colaboração no melhor interesse dos judocas e do judo português, conforme sucedeu em anos recentes", prossegue a nota.

O Benfica vai, agora, contactar formalmente as entidades que superintendem o desporto nacional. A intenção é informar que a normalização de relações com a federação recupera "o quadro de estabilidade que se deseja em prol de uma modalidade, que, legitimamente, corporiza boa parte das melhores ambições desportivas de Portugal em Tóquio 2020".

A história do desacordo

O Benfica anunciou, a 20 de setembro, que iria fazer uma exposição às principais autoridades desportivas do país contra as "atitudes" e alegada "grave conduta" do presidente da Federação Portuguesa de Judo.

A ação do clube lisboeta aconteceu "na sequência de várias intervenções públicas e privadas e de decisões injustificáveis de Jorge Fernandes", que os encarnados classificaram de "inadequadas, irresponsáveis e não condizentes de todo com aquilo que deveria ser o desempenho da respetiva função num organismo de utilidade pública".

Para denunciar o que considerava ser uma "grave conduta", o Benfica comunicou que iria enviar uma exposição formal à Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto, ao Instituto Português do Desporto e Juventude e ao Comité Olímpico de Portugal.

Entre outros temas, o Benfica mencionava a não inscrição de Rochele Nunes no Grande Prémio de Tashkent, no qual poderia amealhar pontos para o "ranking" olímpico, e a dispensa do treinador Go Tsunoda no decorrer do último Mundial, em vésperas da participação da sua atleta Telma Monteiro.

"É possível justificar intervenções junto de treinadores e atletas, com voz alta e grave, em que se exclama este teor: 'a federação está acima de todos, incluindo o COP e os clubes'? É assim que se gere a elite do judo nacional?", questionou.

O Benfica referia, ainda, a imposição da imagem de um patrocinador da federação e a proibição da ostentação do emblema dos clubes no espaço à disposição dos atletas, e revelava estar a avaliar a possibilidade de recorrer aos tribunais para que fossem repostos "os prejuízos materiais e de imagem do clube e seus atletas, assim como a legitimidade desta federação em ostentar o estatuto de utilidade pública".

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