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PSP. Sindicatos surpreendidos por substituição de diretor nacional

06 mai, 2024 - 22:25 • Marisa Gonçalves , João Pedro Quesado

Associação Sindical dos Profissionais da Polícia e Sindicato Nacional de Oficiais da Polícia querem esclarecimentos e esperam que Luís Carrilho defenda reivindicações dos agentes.

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Os representantes dos sindicatos dos agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) estão surpreendidos com a exoneração de José Barros Correia do cargo de diretor nacional da PSP. A decisão da ministra da Administração Interna foi tornada pública esta segunda-feira, ao fim do dia.

À Renascença, o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia confessou-se surpreendido com a notícia da exoneração do diretor nacional da PSP.

Paulo Santos afirmou que vai querer saber, junto da ministra Margarida Blasco, quais as razões que levaram à substituição do superintendente-chefe José Barros Correia, menos de um ano depois de ter iniciado funções.

"Tendo em conta que também temos um novo governo, tendo em conta aquilo que é o contexto que estamos a viver relativamente a estas negociações, a posição pública que o senhor diretor nacional Barros Correia tem tido, solicitávamos, e iremos fazê-lo, que a senhora ministra da Administração Interna fosse um pouco mais concreta", declarou o líder da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia.

Paulo Santos quer saber se a exoneração é "uma questão de reestruturação política, se é uma questão de estratégia, se é uma questão que tem que ver com o contexto atual e o posicionamento do seu superintendente-chefe, Barros Correia, relativamente à atualidade", acrescentando que "era importante percebermos para podermos ter aqui uma noção clara daquilo que está em causa".

Também o presidente do Sindicato Nacional de Oficiais da Polícia manifestou surpresa à Renascença. Bruno Pereira espera que o superintendente Luís Carrilho, que acaba de ser nomeado pelo Governo como novo director nacional da Polícia de Segurança Pública, possa levar por diante as principais reivindicações do sector: uma subida nos salários e a atribuição de um suplemento de missão idêntico ao da Polícia Judiciária.

"Quero acreditar que será esse um dos seus objetivos e propósitos. Aliás, o diretor nacional tem esse encargo, que é tentar fazer diferença, e fazer diferença relativamente a questões que nem sempre são fáceis de resolver", assegurou Bruno Pereira.

"Estamos a falar de problemas que assolam esta organização há anos e que já atravessaram vários directores nacionais e, portanto, é importante que haja, acima de tudo, vontade. Mais do que a confiança política, vontade política para resolver verdadeiramente aquilo são problemas sérios", pediu o dirigente sindical.

O Governo indigitou esta segunda-feira o superintendente Luís Carrilho para a direção nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP). José Barros Correia, que assegurou que a decisão é "exclusiva iniciativa" da ministra Margarida Blasco, era diretor nacional desde setembro de 2023.

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