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Lisboa e Porto empenhados no combate à violência doméstica

25 nov, 2019 - 14:07 • Redação com Lusa

Na data em que se assinala o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, Lisboa e Porto apresentam números e propostas para combater o flagelo da violência doméstica.

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A Câmara Municipal de Lisboa pretende aumentar, em breve, para perto do dobro o número de fogos disponíveis para pessoas vítimas de violência doméstica, passando de 30 para 58 casas, anunciou, esta segunda feira, a vereadora da Habitação.

Em declarações à agência Lusa, Paula Marques avançou que vai levar a reunião de câmara, no dia 05 de dezembro, uma proposta "para duplicar praticamente a resposta" dada às vítimas de violência doméstica em matéria de disponibilização de habitação.

O anúncio foi feito no dia em que se assinala o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres.

A autarca lembrou que este ano "33 pessoas foram assassinadas em contexto de violência doméstica", números que considerou "muito expressivos", e aproveitou para realçar que, no seu entender, o apoio "não chega", sendo a prevenção uma "questão fundamental".

Nesse sentido, Paula Marques decidiu com a administração da empresa municipal Gebalis, responsável pela gestão do arrendimento social no munícpio, levar a cabo um "programa de prevenção, alerta, apoio e empoderamento das pessoas vítimas de violência doméstica, no sentido de perceberem que não é um fenómeno só delas".

No Grande Porto, o Centro de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) celebra, esta segunda feira, dez anos de existência, tendo aproveitado a ocasião para divulgar alguns dados referentes ao funcionamento do centro na ultima década.

Adiantando que, de 2009 a 2019, foram atendidas presencialmente e por telefone cerca de 36.129 vítimas, com idades entre os 16 e 86 anos, realçaram que 257 casos acompanhados eram de risco elevado.

Relativamente ao apoio habitacional, através dos apartamentos de autonomia, intitulados LAAR (Liberdade, Autonomia, Afeto e Recuperação), que o centro gere em Vila Nova de Gaia, no âmbito de um protocolo assinado com a autarquia, acolheram, nos últimos quatro anos, 19 mulheres e 12 crianças, sendo que a taxa de autonomização bem sucedida após este apoio é de 79%.

Neste momento, o objetivo é implementar uma solução idêntica na cidade do Porto, que possa acolher vítimas de violência de doméstica em situação de risco.

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