21 nov, 2019
Dois treinadores de futebol, nascidos em Portugal, vivem momentos altos nas suas carreiras, embora em situações diferentes.
Jorge Jesus está à beira de poder conquistar dois títulos de relevância mundial em menos de quarenta e oito horas ao comando do Flamengo, José Mourinho voltou ao trabalho para orientar um dos clubes mais prestigiados da Inglaterra, o Tottenham.
Jorge Jesus é, neste momento, um dos maiores ídolos do futebol brasileiro.
E não foi fácil atingir este patamar, tão grande foi a contestação de que foi alvo por parte de um largo sector da crítica e, sobretudo, de alguns colegas de profissão que não viam com agrado a intrusão de um estrangeiro numa área que controlam há dezenas de anos.
Porque era então fácil prever tal situação, dissemos na altura em que Jorge Jesus se decidiu por aceitar o desafio do Flamengo, que a sua decisão significava “ir-se meter na boca do lobo”. E, como temos visto e ouvido, não estávamos enganados.
Só que a qualidade do treinador português falou mais alto. E a verdade é que tendo chegado ao Brasil para orientar um clube que se situava então longe da discussão do título nacional, está agora ante a possibilidade de conquistar a Taça Libertadores e o Brasileirão.
O Brasil do futebol está rendido a Jorge Jesus, e até os mais despeitados se curvam agora ao olhar para o trabalho feito no clube mais popular do mundo, traduzido não apenas em resultados, mas também na qualidade do futebol exibido pelo Flamengo.
José Mourinho terminou um longo período sabático e está de regresso ao futebol inglês.
Depois do Chelsea, duas vezes, e do Manchester United, o “special one” acaba de assinar contrato com o Tottenham, que na Premier League se encontra no décimo-quarto lugar da classificação.
Eleito por quatro vezes como o melhor treinador do mundo, José Mourinho tem, seguramente, muito para dar ao futebol, e nesta próxima etapa da sua vida não deixará de confirmar que o seu nome continua a inspirar muita credibilidade e respeito, a nível mundial.
Estamos, por tudo isto, num tempo muito importante para o futebol português e, sobretudo, para a sua classe de treinadores.