A+ / A-

Investigadora da UMinho na área da depressão vence prémio da revista "Nature"

12 nov, 2019 - 18:09 • Lusa, com redação

A investigadora portuguesa receberá uma bolsa de 10 mil dólares americanos (mais de 9.000 euros) bem como um perfil na "Nature".

A+ / A-

A investigadora da Universidade do Minho (UMinho) Luísa Pinto, a trabalhar na área da depressão, ganhou esta terça-feira um dos prémios dos "Nature Research Awards for Driving Global Impact", que distingue investigadores em início de carreira.

Em comunicado, fonte da instituição minhota adianta que Luísa Pinto, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS), é uma das três vencedoras do "prémio Nature" que distingue jovens cientistas "cuja investigação tem um impacto positivo na comunidade", realçando o facto de ser a única mulher e a única portuguesa no" restrito lote de finalistas".

Além do currículo, explica o texto, os candidatos submetem um projeto a desenvolver, sendo que a depressão "é um dos tópicos" que a investigadora tem trabalhado com o objetivo de "construir uma base para criar novos antidepressivos".

A investigadora portuguesa, uma das três galardoadas, recebe assim uma bolsa de 10.000 dólares americanos (mais de 9.000 euros), e ainda um perfil na "Nature" e no site do prémio.

Luísa Pinto "estuda a relação entre os astrócitos gerados de novo no cérebro adulto - células do sistema nervoso central que têm a função de sustentar e nutrir os neurónios, bem como regular os neurotransmissores - e a patofisiologia da depressão, procurando encontrar novos rumos para a pesquisa clínica e terapias mais eficazes".

No projeto apresentado, a investigadora pretende "atacar a doença, através de uma visão integrada e inovadora acerca do papel dos astrócitos gerados de novo no hipocampo e da sua função num cérebro deprimido" e "a partir daqui, tendo o potencial para encontrar um novo conjunto de alvos terapêuticos, o objetivo é desenvolver novas intervenções terapêuticas, como novos antidepressivos".

O vencedor do prémio foi Tom Baden (Universidade de Sussex, Reino Unido), com Luísa Pinto e Alan Gow (Universidade Heriot-Watt, Reino Unido) a serem anunciados como segundos classificados.

A depressão afeta cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo que mais de 30% dos pacientes não tem respostas positivas às terapias existentes atualmente.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+