29 out, 2019 - 00:50 • Redação
Uma auditoria da Inspecção-Geral das Finanças (IGF) à Câmara Municipal de Almada encontrou “despesas ilegais” no valor de 1,6 milhões de euros, num período compreendido entre 2014 e 2016, avança o “Público”. O presidente era então o comunista Joaquim Judas, que perdeu as eleições em 2017 para a socialista Inês de Medeiros.
Os inspetores deteram “diversas irregularidades e insuficiências de natureza administrativa, bem como indícios de infracções de natureza penal e financeira”. O relatório será por isso enviado para o Ministério Público e para o Tribunal de Contas e as responsabilidades recaem sobre os chefes de departamento e não sobre os então eleitos.
De acordo com a mesma notícia, a inspeção deparou-se com um exagerado recurso ao ajuste directo, usado em 85% dos processos (154 empreitadas), enquanto o concurso público “foi utilizado em 27 empreitadas”. A compra de relógios e telemóveis para os trabalhadores com mais de 25 anos de casa, no valor de 163 mil euros, é um dos exemplos de ilegalidade.
Em resposta ao “Público”, a CDU de Almada argumenta que “há diferentes interpretações” sobre a lei e apelida as acusações de ilegalidade de “excessivas”.