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Corrida à liderança

CDS. Lobo d'Ávila exige a Cristas um relatório "transparente" sobre as contas do partido

26 out, 2019 - 21:27 • Redação com Lusa

Se a resposta da direção não for satisfatória, Filipe Lobo d’Ávila (que está “em reflexão” sobre uma candidatura à liderança) admite pedir uma auditoria externa. Centristas, que passaram de 18 para cinco deputados, vão dispensar parte dos funcionários que trabalhavam no grupo parlamentar e reduzir ordenados aos que permanecem.

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O grupo “Juntos pelo futuro”, de Filipe Lobo d’Ávila, que está “em reflexão” sobre uma candidatura à liderança do CDS, vai pedir à direção um relatório “legível, verdadeiro e transparente” acerca das contas do partido.

Este sábado, o dirigente Raul Almeida disse que o pedido vai ser feito por um dos membros do grupo, José Carmo, dirigido “a todo a direção” do partido, afirmando que, nesta fase pré-congresso para escolher o sucessor de Assunção Cristas, “é preciso conhecer a realidade das contas com transparência, detalhe e verdade”. Se a resposta da direção de Cristas, “porque toda a direção é responsável pelas contas” do partido, não for satisfatória, então o grupo admite pedir “uma auditoria externa” à situação financeira dos centristas, acrescentou o ex-deputado.

Na sexta-feira, a nova líder parlamentar do CDS, Cecília Meireles, admitiu que a bancada vai, com “muita pena”, dispensar pessoas para se adaptar à nova situação, de passar de 18 para cinco deputados.

Este comentário surgiu no mesmo dia em que o Jornal Económico noticiou que a direção do CDS vai dispensar parte das pessoas que trabalhavam no grupo parlamentar, reduzindo ordenados a quem fica, devido à quebra de deputados e à redução no valor da subvenção estatal, preparando-se igualmente para encerrar duas sedes concelhias.

Segundo o jornal, está em causa a redução da subvenção estatal e das comparticipações financeiras do Estado ao partido, a que se junta um saldo negativo nas contas do ano passado”, e uma fonte do partido citada pelo jornal admitiu que as dívidas podem ser de “perto dos dois milhões de euros” em 2019.

Assunção Cristas anunciou a saída do cargo de presidente do CDS a 6 de outubro, na noite das legislativas em que o partido passou de 18 para cinco deputados, com 4,4% dos votos. O congresso para eleger uma nova liderança do partido está agendado para janeiro de 2020.

Até ao momento, há um candidato declarado, Abel Matos Santos, da Tendência Esperança em Movimento (TEM), do CDS, e dois potenciais candidatos “em reflexão” – Filipe Lobo d´Ávila, do “Juntos pelo Futuro”, João Almeida, deputado e porta-voz do partido com anterior liderança, de Assunção Cristas, e o líder da Juventude Popular (JP), Francisco Rodrigues dos Santos, também admitiu uma candidatura.

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