18 out, 2019
Vergonhosa e humilhante. E a adjectivação relativamente à equipa do Sporting Clube de Portugal, que ontem à noite foi eliminada da Taça de Portugal pelo Alverca poderia, inclusive, ir muito mais além.
Sabia-se, por experiência recolhida da prova rainha do futebol português ao longo de muitas décadas, que será sempre avisado encarar todos os jogos com seriedade, sobretudo as equipas grandes, se não quiserem ser surpreendidas pelos mais pequenos.
É que a velha história dos Davides e dos Golias tem registado reedições em número suficiente para que se todos se convençam que a Taça de Portugal, por ser diferente, deve ser levada muito mais a sério.
É verdade que o novo treinador Jorge Silas poderá ter facilitado a tarefa do adversário ao lançar no campo uma equipa sem sete dos seus habituais titulares.
Mas nem isso serve de desculpa, uma vez que há, da parte dos leões, a obrigação de ganhar a um adversário do terceiro escalão, visto dispor de um plantel com mais qualidade e, sobretudo, muitíssimo mais bem pago.
O jogo de ontem e o seu desfecho deixaram à vista, mais uma vez, um clube fraccionado, com feridas profundas difíceis de curar, marcado claramente pelos acontecimentos da Academia de Alcochete, o início do descalabro e da derrapagem em que o Sporting entrou e donde mostra cada vez mais dificuldade em sair.
Culpados? Os adeptos, sobretudo os mais radicais, vêm em Frederico Varandas a origem de todos os males, e o culpado da má preparação da época e da vinda de “reforços” que não conseguiram ainda confirmar a razão das suas contratações.
E, se os resultados não melhorarem, não demorará muito tempo para o treinador Silas entre também neste rol.
E assim vai decorrendo a triste vida de um clube centenário, marcado por uma História brilhante, que vive nestes tempos um dos períodos mais negros dos 113 anos da sua existência.