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Viseu. Cáritas quer melhorar resposta a crises

15 out, 2019 - 17:36 • Liliana Carona

A Cáritas de Viseu já está a trabalhar no plano de resposta de emergência. A proposta é nacional e visa um apoio mais rápido às populações em caso de calamidade.

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O monumento evocativo às oito vítimas mortais dos incêndios de Vouzela está repleto de orações e flores.

Quem sobreviveu tem contado com a ajuda da Cáritas diocesana de Viseu, na reconstrução de barracões e estábulos e na compra de animais. Uma ajuda que se estende aos concelhos de Tondela e Santa Comba Dão e que já ascende a 550 mil euros.

“Tivemos em conta a paisagem desta região e executámos bem as obras de acordo com as características de Vouzela”, sublinha o presidente da Cáritas Diocesana de Viseu, Carlos Monteiro Marques.

São números e contas que vão entrar numa auditoria pedida pela Cáritas Nacional e que vem no seguimento do que aconteceu em Pedrógão. “Sentimos que havia relutância das pessoas em colaborar connosco, e por isso nós, a Cáritas Portuguesa pedimos uma auditoria externa às nossas contas, a uma entidade independente que está a analisar essas contas e cujo resultado será depois entregue aos jornalistas depois de serem presentes à Conferência Episcopal Portuguesa”, explica.

Monteiro Marques, presidente da Cáritas diocesana de Viseu garante que já estão a trabalhar no Plano Institucional de Resposta a Emergências e Catástrofes da Cáritas Portuguesa – PIREC, em colaboração com a Proteção Civil. “Vamos começar pelas paróquias, através da comunicação e formação para quando tivermos uma situação destas podermos ser muito mais rápidos no apoio às populações. Estamos a trabalhar em conjunto com a Proteção Civil e todas as câmaras municipais de todo o distrito”, conta o responsável que já estabeleceu contactos com três dessas câmaras: Vouzela, Viseu e Tondela.

Joaquim Tavares comandante dos Bombeiros Voluntários de Vouzela, corporação com 80 elementos, aplaude a iniciativa e responde de forma breve: “Estamos prontos”.

Para testar o novo modelo está já agendado um simulacro nacional para setembro do próximo ano “que é uma iniciativa bastante ambiciosa”, conclui Monteiro Marques.

Com 21 funcionários, valência de creche para crianças desfavorecidas, equipa RSI, apoio a famílias ciganas, desde o começo deste ano e até ao dia 30 de setembro, a Cáritas de Viseu realizou 1720 atendimentos, 630 famílias apoiadas num total de 1750 pessoas.

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