Ao quinto dia de campanha, o Bloco de Esquerda (BE) aguçou as críticas ao PS. Em noite de comício em Almada, o palco dividiu-se entre Joana Mortágua e a um ausente: o ministro das Finanças, Mário Centeno.

Nem o líder do PSD, Rui Rio escapou às críticas da intervenção da candidata do Bloco por Setúbal, que foi a voz do partido na hora de apontar armas na campanha eleitoral.

Eis que Mário Centeno é chamado à campanha do Bloco de Esquerda, ou melhor, o lápis socialista cativado pelo ministro das Finanças.

Quem explica a história é Joana Mortágua: “parece que, desta vez, a promessa aos militantes do PS é que teriam um lápis para distribuir à população nas ações de campanha. Ora, os militantes socialistas estavam motivados até que veio Mário Centeno e zás: cativou metade do lápis”.

A metáfora, contada em jeito de história, são as “contas” socialistas, explica a cabeça de lista do BE por Setúbal, que “ficam pela metade” e não batem certo com as promessas eleitorais de António Costa. “Quando vamos ver as contas falta sempre um bocado do lápis”, resume a bloquista.

Contas à parte, o cenário na direita não parece melhor, traça Joana Mortágua, que classifica de “embaraçoso” o duelo de “Centenos” entre Rui Rio e António Costa.

“O que é triste é que isto significa que os dois maiores partidos de Portugal andam à bulha para quê?”, pergunta a deputada, “para reivindicar mais saúde? Mais educação? Mais habitação? Não. Andam á bulha para reivindicar meio lápis”.

A história do lápis cativado de Mário Centeno, o protagonista da noite do BE, em Almada, trazido a palco por Joana Mortágua.