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Catarina Martins "muito preocupada" com demissão de chefias no Hospital Garcia de Orta

13 set, 2019 - 01:09 • Lusa

Coordenadora do Bloco de Esquerda revelou que o partido vai pedir esclarecimentos, mas sublinhou que o problema da falta de médicos na unidade de saúde de Almada "já está diagnosticado há muito tempo".

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A coordenadora do BE, Catarina Martins, afirmou esta quinta-feira estar "muito preocupada" com a demissão de 10 chefes de equipa de urgência do Hospital Garcia de Orta, defendendo que as administrações hospitalares devem poder contratar os médicos de que precisam.

"Nós estamos muito preocupados com a situação do Garcia de Orta. É um hospital a que têm faltado muitos profissionais e que tem recorrido à prestação de serviços e, portanto, tem tido muita dificuldade em fazer as suas equipas", disse Catarina Martins, que considerou o recurso a médicos em regime de prestação de serviços uma forma de privatização parcial do Serviço Nacional de Saúde.

"Para nós é absolutamente urgente que hospitais como o Garcia de Orta possam contratar, de forma permanente, os profissionais de que precisam - médicos e não só -, porque é a única forma de ter estabilidade nas equipas", acrescentou a coordenadora do Bloco durante uma ação de pré-campanha eleitoral nas Festas da Moita, no distrito de Setúbal.

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Catarina Martins adiantou que o BE vai pedir esclarecimentos sobre as demissões, mas sublinhou que o problema da falta de médicos no Hospital Garcia de Orta, em Almada, "já está diagnosticado há muito tempo".

"Achamos que o que está a acontecer é sintoma de se estar a atrasar a necessidade absoluta de médicos. E estar sempre a recorrer a empresas de prestação de serviços quando faltam médicos é uma forma de ir privatizando partes do Serviço Nacional de Saúde, de o tornar mais desregrado, com menos coerência entre si, de o fragilizar", disse.

"Voltamos a chamar à atenção: há tantos hospitais deste país que estão à espera de autorização para contratar os médicos de que precisam", frisou Catarina Martins.

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