A+ / A-

Ataque a Rafah "pode conduzir a um banho de sangue", teme OMS

03 mai, 2024 - 21:38 • Lusa

Os europeus, a ONU e os Estados Unidos, principal aliado de Israel, exortaram fortemente Netanyahu a abandonar a ofensiva.

A+ / A-

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou esta sexta-feira que uma ofensiva terrestre do exército israelita na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, "pode conduzir a um banho de sangue".

"A OMS está profundamente preocupada com o facto de uma operação militar em grande escala em Rafah, Gaza, poder conduzir a um banho de sangue e enfraquecer ainda mais um sistema de saúde que já está de rastos", escreveu Tedros Adhanom Ghebreyesus na rede social X (antigo Twitter), referindo-se à cidade onde 1,2 milhões de palestinianos procuraram refúgio.

O exército israelita continua a bombardear a cidade, onde o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu quer lançar uma ofensiva terrestre para "aniquilar", segundo disse, as últimas brigadas dos islamitas palestinianos do Hamas.

Os europeus, a ONU e os Estados Unidos, principal aliado de Israel, exortaram fortemente Netanyahu a abandonar a ofensiva.

Além das mortes, uma ofensiva em Rafah seria "um grande golpe para as operações humanitárias em toda a Faixa de Gaza", porque aquela cidade "está no centro das operações humanitárias", alertou também hoje Jens Laerke, porta-voz do Gabinete das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários (OCHA), em Genebra.

A atual guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita em 7 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos, segundo as autoridades.

Desde então, Israel tem em curso uma ofensiva militar para aniquilar o grupo extremista, numa operação que matou mais de 34.600 pessoas e destruiu muitas das infraestruturas de Gaza, segundo o governo do Hamas.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+