03 jul, 2019 - 06:09 • Redação com Agências
Pelo menos 40 pessoas morreram na sequência de um ataque aéreo que atingiu, na noite de terça-feira, um centro de detenção de migrantes nos arredores da capital líbia, Tripoli, informaram as autoridades, em novo balanço.
O porta-voz do Ministério da Saúde líbio, Malek Merset, acrescentou que o ataque contra o centro de detenção de migrantes em Tajoura,a sul de Tripoli, também provocou 80 feridos.
Um balanço anterior apontava para 10 mortos e 50 feridos.
Em comunicado, o Governo apoiado pela ONU já responsabilizou o Exército Nacional Líbio (ENL, do marechal Khalifa Haftar) pelo ataque.
Tajoura é o centro de vários campos militares das forças aliadas da Líbia, reconhecidas internacionalmente, que têm vindo a combater as forças que tentam tomar Tripoli.
Na segunda-feira, o Exército Nacional da Líbia (LNA) disse que iria haver fortes ataques aéreos em Tripoli, depois de terem sido esgotados os “meios tradicionais”.
Nos últimos três meses, o LNA falhou a tomar Tripoli e na passada semana perdeu a sua maior base de fronteira, em Gharyan.
Em abril, as forças lideradas pelo marechal Khalifa Haftar, o homem forte da fação que controla o leste da Líbia e que disputa o poder político líbio, lançaram uma ofensiva contra Tripoli, onde está o Governo de Acordo Nacional, estabelecido em 2015 e reconhecido pela comunidade internacional (incluindo pelas Nações Unidas).
A Líbia é o local de partida para migrantes africanos e dos países do médio oriente que tentam chegar a Itália de barco. Milhares são retidos em centros de detenção do Governo.