07 ago, 2019 - 12:45 • Luís Aresta
“Não vale a pena estar a vender banha da cobra”. A frase é de António Simões, quando confrontado, por Bola Branca, com o sonho de Luís Filipe Vieira de ver o Benfica campeão europeu com base na formação do Seixal.
Campeão europeu em 1962, o antigo avançado faz notar que “a história obriga a que o Benfica tenha de fazer melhor”, mas admite que o mercado e a proteção da UEFA e da FIFA aos gigantes do futebol mundial afastam os clubes portugueses das grandes conquistas.
Apontar a um Benfica campeão europeu com base na formação é, para Simões, um discurso “irrealista” e destinado “a agradar aos sócios”.
Benfica na "pole position" da corrida ao título
A três dias do primeiro jogo oficial da época no Estádio da Luz, frente ao Paços de Ferreira, António Simões considera o Benfica como o “mais sério candidato ao título, não apenas por aquilo que se viu, mas tendo em conta o plantel e o modelo de jogo visivelmente consolidado” por Bruno Lage.
A ausência de Gabriel da equipa encarnada, devido à lesão no joelho direito contraída no jogo da Supertaça Cândido de Oliveira, não subtrai otimismo a António Simões, que aponta o marroquino Taarabt como a solução mais natural para preencher a vaga do médio brasileiro.
“Samaris tem caraterísticas mais defensivas”, sublinha Simões, para quem Taarabt é um “box-to-box”, mais próximo do perfil de Gabriel. Uma ida ao mercado em busca de um médio “não se justifica”, em face do tempo de paragem previsto para o jogador (cinco ou seis semanas).
Numa entrevista à Renascença recheada de indicadores sobre o atual momento do Benfica, António Simões diz não estranhar a lotação esgotada na Luz, já anunciada para o jogo de estreia no campeonato. O que Simões estranha é que, “tendo em conta a dimensão do Benfica, o estádio não esteja vendido em todos os jogos”.