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Lucro da EDP sobe para 405 milhões no 1.º semestre

25 jul, 2019 - 19:01 • Redação, com Lusa

Numa reação à subida dos lucros, o diretor executivo da EDP, António Mexia, destaca os “resultados do negócio internacional” da empresa e queixa-se do “contexto regulatório e fiscal adverso” em Portugal.

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A EDP registou, no primeiro semestre, 405 milhões de euros de lucro, mais 7% do que em igual período do ano anterior, foi comunicado esta quinta-feira ao mercado.

De acordo com a informação remetida à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o resultado antes de impostos, juros, amortizações e depreciações (EBITDA) da elétrica totalizou 1.908 milhões de euros, o equivalente a uma subida homóloga de 11%, "com uma contribuição positiva de todos os segmentos".

Por sua vez, entre janeiro e junho, o investimento operacional consolidado ascendeu a 825 milhões de euros, progredindo 13% face a igual período de 2018.

"O volume de caixa orgânico cresceu 16% em termos homólogos, para 658 milhões de euros no primeiro semestre de 2019, essencialmente suportado por um acréscimo de 16% no fluxo de caixa operacional recorrente: apesar das condições hídricas e eólicas adversas no período e do encaixe posterior a junho de 2019 do ganho de 219 milhões de euros, resultante da venda de ativos eólicas acordado em abril de 2019, o crescimento foi impulsionado pela expansão do portfólio, pelo menor investimento em fundo de maneio e um rigoroso controlo de custos", lê-se no documento.

Em junho, a dívida líquida da empresa liderada por António Mexia situava-se nos 14 mil milhões de euros, superior em 4% à registada em dezembro de 2018.

Já em maio, a EDP pagou aos seus acionistas o dividendo referente ao exercício de 2018, de 0,19 euros por ação, "em linha com o montante mínimo definido na política de dividendos para o período 2019-2022".

A capacidade instalada, por seu turno, passou de 26.806 MW no primeiro semestre de 2018 para 27.262 em igual período deste ano, sendo que 74% dos quais em energias renováveis.

"Neste primeiro semestre de 2019, a EDP continuou a implementar a sua estratégia de liderança na transição energética: nas renováveis, a empresa obteve garantia de receitas estáveis para mais 0,8 gigawatts de novos projetos de energia eólica e solar nos EUA, Europa e Brasil, com entrada em operação prevista no período do atual plano estratégico 2019-2022", indicou a EDP.

Na sessão de hoje da bolsa, a EDP cedeu 0,15% para 3,37 euros.

Numa reação à subida dos lucros, o diretor executivo da EDP, António Mexia, destaca os “resultados do negócio internacional” da empresa e queixa-se do “contexto regulatório e fiscal adverso” em Portugal.

"Os resultados do negócio internacional da EDP foram muito positivos, o que permitiu mitigar o prejuízo acumulado, no último ano e meio, no negócio convencional em Portugal. Estes resultados em Portugal decorrem de um contexto regulatório e fiscal adverso e de um primeiro semestre extremamente seco. A aposta continuada numa política de investimento e crescimento internacional, focada em energias renováveis e aliada ao plano de rotação de ativos, tem demonstrado ser uma estratégia de sucesso", diz António Mexia.

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