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“Operação Antídoto”. “Um sinal claro de que o Estado funciona”, diz Marta Temido

02 jul, 2019 - 15:02 • Beatriz Lopes

Ministra da Saúde elogia o trabalho feito pelas autoridades na megaoperação de combate à fraude no Serviço Nacional de Saúde.

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A megaoperação da Polícia Judiciária que nesta terça-feira levou à detenção de pelo menos 11 pessoas, entre as quais cinco médicos e um proprietário de farmácia, é um sinal de que o interesse público está salvaguardado, diz a ministra da Saúde.

“Um sinal claro de que, ao contrário daquilo que muitos afirmam, o Estado funciona. O Estado está a trabalhar e as organizações, Polícia Judiciária ou Infarmed, existem, fazem o seu trabalho, são confiáveis e mostram que os cidadãos estão protegidos”, defende Marta Temido.

A prescrição fraudulenta de medicamentos comparticipados a 100% pelo Estado e vendidos a preços mais baixos para países nórdicos ou para África está na origem da “Operação Antídoto”.

O alegado esquema de receitas falsas terá lesado o Serviço Nacional de Saúde (SNS) em cerca de um milhão de euros.

À margem da 13.ª reunião de diretores das agências nacionais de combate às drogas, em Lisboa, também o diretor da PJ, Luís Neves, elogiou o trabalho de ligação entre a polícia e o Ministério Público.

"Estas investigações só se fazem havendo particular entrosamento entre quem investiga – órgão de Polícia Criminal, neste caso a PJ – e o Ministério Público. Quando ocorre esta forte ligação, é possível trabalhar de forma completamente à vontade e com os meios que entendemos por adequados para desmantelar organizações criminosas como esta, que atingem os valores de todos nós”, defendeu.

E as detenções no âmbito da “Operação Antídoto” podem não ficar por aqui, adianta. “Poderá haver mais uma ou outra, mas isso, para nós, é uma questão de continuar com a investigação”, disse.

“No decorrer desta operação, encontrámos e apreendemos relevantíssimos meios de prova e que vão ao encontro, de facto, daquilo que eram as expectativas da instituição da Polícia Judiciária”, acrescentou, garantindo que a Polícia Judiciária continuará empenhada no “combate à corrupção, questões de peculato e de apropriação de meios que são de todos nós e do país”.

De acordo com a PJ, há suspeitas da prática de crimes de corrupção, burla qualificada, falsificação de documentos e associação criminosa. De Norte a Sul do país, as buscas decorrem em residências, consultórios médicos e estabelecimentos de saúde, com vários mandados de detenção.

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