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Até 2022

CP e EMEF vão receber 45 milhões de euros para material e mais 187 trabalhadores

27 jun, 2019 - 16:23 • Redação com Lusa

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, revelou ainda que o Governo pretende "iniciar o processo de fusão" entre a empresa pública de transporte e a empresa de manutenção até ao final do ano.

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O ministro das Infraestruturas e Habitação anunciou esta quinta-feira um plano de investimento de 45 milhões de euros para recuperar "material circulante encostado" e contratar 187 trabalhadores para CP e EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário).

Pedro Nuno Santos defendeu este "plano de recuperação do serviço público ferroviário", entre 2019 e 2022 e cuja primeira fase se estende por 18 meses, a partir do segundo semestre deste ano (nove milhões de euros), com vista à reparação de "cerca de 70 unidades, entre carruagens, automotoras e locomotivas", em conferência de imprensa, após a reunião do Conselho de Ministros, em Lisboa.

O responsável pela tutela revelou ainda que o executivo pretende "iniciar o processo de fusão" entre a empresa pública de transporte por caminhos-de-ferro e a empresa de manutenção do material circulante até 31 de dezembro, para "otimização dos recursos e melhor articulação". "O transporte ferroviário, durante vários anos em Portugal, começou a achar-se que era do passado, mas é precisamente do futuro, fundamental não só para continuar o grande esforço nacional de descarbonização, mas para promover uma mobilidade mais acessível e ambientalmente sustentável", disse.

O ministro das Infraestruturas identificou "fragilidades enormes" devido ao "material circulante muito antigo, alguma parte com cinco e seis décadas [de idade]", que "exige um esforço e regularidade de manutenção muito intensa". "Este plano prevê um investimento global de 45 milhões de euros, adicional àquele que já é o orçamento da EMEF, para concretizar o objetivo de recuperação do material circulante que está há vários anos encostado, e que, devidamente recuperado, pode ser injetado na rede ferroviária", explicou, destacando a reabilitação para breve da oficina ferroviária de Guifões, Matosinhos.

Pedro Nuno Santos adiantou ainda a intenção de promover desde já a contratação, após os devidos procedimentos concursais, de 67 novos funcionários para a EMEF - além da substituição automática dos trabalhadores que se vão reformando - e de outros 120 trabalhadores para a CP (40 maquinistas, 40 revisores, 20 assistentes comerciais e outros 20 com funções a definir pela administração da empresa.

"Vamos iniciar o processo para essa fusão (CP/EMEF). A EMEF é uma empresa de manutenção que existe para servir, sobretudo, a CP. A separação entres as duas empresas cria um conjunto de problemas que queremos remover, promovendo uma melhor articulação. A EMEF estava integrada na CP, já lá vão muitos anos desde que foram separadas. Neste momento, a CP e a EMEF têm a ganhar com a reintegração", acrescentou, sublinhando que 20% da faturação da EMEF com outras empresas que não a CP, como a Metro do Porto, algo que é para manter, segundo o governante.

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