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Tunísia prolonga estado de emergência por mais dois meses

31 jul, 2015 - 14:03

Estado de emergência foi decretado em Julho, depois do atentado registado numa das principais zonas balneares do país. Morreram mais de 30 turistas, entre os quais uma portuguesa.

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A presidência da Tunísia anunciou, esta sexta-feira, que o estado de emergência que vigora desde o passado 4 de Julho no país, será prolongado por dois meses, devido à ocorrência de diversas ameaças de atentados 'jihadistas'.

"Após consultas com o chefe do governo e o presidente do parlamento, o Presidente da República decidiu prolongar o estado de emergência em todo o território por dois meses a partir de 3 de agosto de 2015", indica um breve comunicado.

A Presidência tunisina não especifica se a decisão de prolongar esta medida excepcional está relacionada com alguma ameaça específica.

A 4 de Julho, oito dias depois do mais mortífero ataque 'jihadista' na história da Tunísia, Beji Caid Essebsi decretou o estado de emergência por causa "da situação excepcional que o país enfrentava após o último ataque [perpetrado a 26 de Junho] e a persistência das ameaças que o colocam numa guerra".

A 26 de Junho, mais de 30 turistas, incluindo uma portuguesa, foram mortos por um estudante tunisino armado com uma Kalashnikov que abriu fogo num hotel em Port El Kantaoui, em Sousse, uma zona turística na costa oriental da Tunísia.

O atentado foi reivindicado pelo grupo autoproclamado Estado Islâmico (EI), como outro ataque que também visou turistas no Museu Bardo, em Tunes, a 18 de Março.

O estado de emergência confere poderes de excepção às forças de segurança. Por exemplo, as autoridades podem proibir greves ou reuniões "passíveis de provocar ou manter a desordem", fechar temporariamente "salas de espectáculos ou outros estabelecimentos de entretenimento" ou "tomar todas as medidas para assegurar o controlo da imprensa e publicações de qualquer tipo".

Desde a revolução de 2011, que ditou a queda do ditador Zine El Abidine Ben Ali e o início do movimento revolucionário que ficou conhecido como "Primavera Árabe", a Tunísia enfrenta uma progressão do movimento 'jihadista', já responsável pela morte de dezenas de polícias e militares.

Após a deposição de Ben Ali, os tunisinos viveram durante mais de três anos sob um estado de emergência, entre Janeiro de 2011 a Março de 2014.

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