03 jun, 2019 - 10:07 • Celso Paiva Sol
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Portugal prepara-se para receber, esta semana, a final da Liga das Nações, o que para o sistema de segurança é, sem dúvida, o maior desafio do ano.
O eixo Porto-Braga-Guimarães irá ter níveis de segurança reforçados, porque é lá que as quatro seleções irão ficar alojadas, treinar e jogar:
É também para essas cidades que vão viajar muitos milhares de adeptos, 30 mil dos quais estrangeiros.
“Sabemos que os hotéis estão completamente esgotados na cidade de Guimarães e que em Braga e no Porto há nesta altura muita dificuldade de alojamento”, afirma à Renascença o superintendente da PSP Luís Elias.
“À partida, contamos ter entre 15 mil e 18 mil adeptos ingleses que se deslocam de propósito a Portugal; entre cinco mil e seis mil adeptos holandeses e ainda cerca de três mil adeptos suíços”, concretiza.
Pelo menos no que diz respeito aos adeptos ingleses, a PSP conta com a ajuda da própria lei britânica, uma vez que os adeptos de risco estão proibidos de viajar para jogos no estrangeiro.
Fronteiras livres e reforços junto aos estádios
Ao contrário do que aconteceu noutras ocasiões – como o Euro 2004 ou as visitais papais – não haverá reposição de fronteiras, embora estejam previstas várias outras medidas excecionais, como a interdição do espaço aéreo nalguns locais.
De resto, o dispositivo de segurança será bastante visível.
“Haverá perímetros de segurança junto aos centros de treino, junto aos hotéis onde estarão alojadas as seleções e, naturalmente, junto aos estádios. E haverá visibilidade policial, patrulhamento junto às Fan Zones, policiamento e segurança reforçada no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, nos transportes públicos das cidades do Porto e de Guimarães e na deslocação de adeptos entre as duas cidades”, avança o superintendente Luís Elias.
Para este que é um dos maiores eventos internacionais realizado este ano em Portugal, este responsável elege quatro situações distintas, sendo que “a ameaça terrorista é sempre equacionada”.
“Nestes eventos em concreto, ligados ao futebol, poderemos ter também o contexto de desordem pública. E depois há mais dois cenários para os quais estamos preparados: os eventos disruptivos e a vertente das ciberameaças, que podem ter um impacto negativo no evento”, refere.
Como exemplo de “eventos disruptivos”, o superintendente aponta o que aconteceu “na final da Liga dos Campeões em 2014, em Lisboa, quando ativistas da Greenpeace se introduziram no Estádio da Luz para tentar levar a cabo uma ação de protesto, tendo sido detetados pela PSP”.
Portugal e Suíça jogam na quarta-feira, Holanda e Inglaterra na quinta e, tanto a final como o jogo para apurar o terceiro e quarto classificados dcorrem no domingo.