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Covid-19. Vacina da AstraZeneca deixa de ser vendida na Europa

07 mai, 2024 - 01:17 • João Pedro Quesado

Empresa argumenta com vacinas desenvolvidas para novas variantes e diz que a Vaxzevria "já não se fabrica nem se administra".

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A vacina da AstraZeneca contra a covid-19 vai deixar de ser vendida a partir desta terça-feira na União Europeia. A Comissão Europeia acedeu ao pedido da farmacêutica britânica para retirar a autorização de comercialização, concedida em 2021.

Segundo o diário espanhol "ABC", a empresa pediu a 5 de março à Comissão de Ursula von der Leyen a retirada da autorização sobre a vacina "Vaxzevria", que desenvolveu contra a covid-19 em conjunto com a Universidade de Oxford.

"Dado que se desenvolveram múltiplas vacinas atualizadas para as variantes da covid-19, agora há um excedente de vacinas disponíveis. Isto provocou uma diminuição na procura da Vaxzevria, que já não se fabrica nem se administra", diz a filial espanhola da empresa em comunicado.

A empresa sublinhou ainda o papel da vacina na luta contra a pandemia provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2. "Segundo estimativas independentes, mais de 6,5 milhões de vidas foram salvas e mais de 3 mil milhões de doses foram entregues em todo o mundo só no primeiro ano de utilização", declarou a AstraZeneca.

Este ano, a AstraZeneca admitiu, em documentos de tribunal, que a vacina que produziu pode ter efeitos secundários raros, num caso em que 51 vítimas e famílias pedem 100 milhões de libras de indemnização à empresa por causar Síndrome de Trombose com Trombocitopenia.

A vacina desta empresa foi uma das primeiras a chegar ao mercado, mas teve a administração interrompida em vários países, incluindo em Portugal, devido a relatos de formação de coágulos sanguíneos e uma taxa de eficácia mais reduzida em comparação com outras vacinas.

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