26 mai, 2019 - 15:32 • Redação
A presidente do Banco Alimentar Contra a Fome renovou, este domingo, o apelo ao reforço de voluntários para o apoio à separação e arrumação de doações nos diversos armazéns da instituição no país. À Renascença, Isabel Jonet reconhece que as tarefas de voluntariado enfrentam nas próximas horas a “concorrência feroz” das eleições e do bom tempo.
“Eu deixo aqui um apelo a todas as pessoas que possam, que venham até um armazém do Banco Alimentar da sua região e que se ofereçam para nos ajudar a separar, pesar e arrumar os produtos que estão a ser doados nos supermercados. Recebemos muitas doações, precisamos agora de apoio de voluntários para esta tarefa. Hoje é um dia especial, há muitas solicitações: há eleições, há a praia”, explicou, reforçando em seguida: “Quem tenha tempo, não deixe marcar a sua presença num armazém de um Banco Alimentar e participe como voluntário nesta grande campanha que pretende reunir alimentos para entregar a quem precisa de ajuda para comer”.
Arrumadas e separadas estão já, por ora, as quase 820 toneladas recolhidas ao longo de sábado. “Mas hoje continua este fluxo de doações, as pessoas foram às lojas… Mas temos a concorrência feroz das eleições e da praia. Portanto, precisamos de braços para nos ajudar”, apelou.
O Banco Alimentar Contra a Fome continua a promover, até ao final do dia, mais uma Campanha de Recolha de Alimentos com o objetivo de levar comida a quem mais precisa, num contributo para inverter o cenário de carência alimentar que continua a afetar muitas famílias.
Marcelo agradece aos voluntários
Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou a sua passagem por Braga para agradecer aos voluntários que têm estado a ajudar na recolha de alimentos para o Banco Alimentar.
Questionado sobre a baixa adesão dos portugueses às urnas, neste dia de eleições europeias, Marcelo mostrou-se desagradado, mas por outro lado elogiou a generosidade dos que têm ajudado na recolha de alimentos.
"Aí estou muito satisfeito, porque era um fim-de-semana muito difícil, ontem com o final da Taça [de Portugal], hoje com eleições e com pessoas a iram de um lado para o outro. O que é facto é que ontem, quer em Lisboa, quer no Porto, (...) estivemos ao nível daquilo que foi a recolha de maio do ano passado", salientou.
Depois das declarações aos jornalistas, Marcelo meteu a mão na massa, nas latas de salsichas, leite, bolachas, tudo aquilo que foi doado na cidade de Braga.
Entre aplausos, as habituais “selfies” e os já famosos beijinhos ao presidente, Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se um "autêntico profissional" no tapete rolante, onde entram os bens doados.
"Ele já faz isto de olhos fechados. Virar os sacos para o tapete separar os alimentos. Já faz isto há muitos anos e é com sinceridade. Suou como nós", disse à Lusa uma das 200 voluntárias espalhadas pelo tapete rolante, por onde iam passando os donativos.
Durante a sua visita o Presidente disse que a "única forma de combater a pobreza" é "crescer e distribuir" à medida desse crescimento, lamentando os "ainda elevados" números registados sobre as carências em Portugal.
"A única maneira de combater a pobreza é que temos que crescer mais e distribuir a riqueza à medida desse crescimento, pensando em como corrigir as desigualdades a começar naquela mais flagrantes", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em Braga.