19 mai, 2019 - 19:10 • Paula Caeiro Varela
Para arrancar a última semana de uma campanha eleitoral com energias renovadas não há como o Alto Minho, pelo menos para o PSD. O candidato parece reflectir essa alegria minhota e está agora mais à vontade na rua, tanto que esta tarde não resistiu a uns passinhos de dança, do vira minhoto, pois claro, em Arcos de Valdevez.
Paulo Rangel percorreu de manhã as ruas de Valença, fez um "coração pela Europa" nas escadarias do santuário de Santa Luzia, em Viana do Castelo, passou por Ponte de Lima e acabou o dia na Malafaia, uma quinta gigante, em Esposende, com capacidade para 2.500 pessoas, e onde contou com o apoio do Presidente do PPS/PSD, Rui Rio. A Malafaia é uma experiência não aconselhável para os fracos de coração, mas essa história contamos mais tarde (a esta hora, ainda só estamos nos preparativos"...
É preciso primeiro explicar que, dos tímidos "boas tardes", "muito gosto" e "muito obrigado", nota dominante dos primeiros contactos com a população, Paulo Rangel passou a ser um sorridente candidato, que faz apelos ao voto para combater a abstenção (mesmo que depois conclua "e com atenção"), que distribui beijinhos e que já tira selfies. Não é um tique presidencial porém, Rangel garante que faz isto com frequência, com e sem militantes por perto.
Já ensaiou por duas ou três vezes juntar a voz dele à cada vez mais rouca voz dos militantes da Jota, mas ainda não deu exactamente espectáculo, esse lado da política que todos dizem abominar, mas que é tantas vezes mais forte do que os candidatos. Se não fosse, não era tão frequente ver o que esta tarde se viu: à chegada a Arcos de Valdevez, Rangel foi convidado para dançar o Vira, e se é verdade que hesitou, também é verdade que... dançou.
"Não tenho os dotes que o meu adversário mostrou em Torres Vedras", disse, entre risos.
Pelo menos no que toca ao baile, Rangel declara-se vencido.