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Portuguesa na Venezuela teme “derramamento de sangue”

01 mai, 2019 - 00:38 • Marisa Gonçalves

Em entrevista à Renascença, Maria de Lurdes Almeida passa em revista um dia longo, que trouxe uma nova “incerteza” à Venezuela.

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Incerteza, confusão e receio de derramamento de sangue é este o sentimento na Venezuela, onde decorre uma tentativa de golpe de Estado, afirma Maria de Lurdes Almeida, membro do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas.

Em entrevista telefónica à Renascença desde Caracas, Maria de Lurdes Almeida passa em revista um dia longo, que trouxe uma nova “incerteza” à Venezuela.

A comunidade portuguesa vive com apreensão o desenrolar dos acontecimentos, depois de iniciada uma tentativa de golpe de Estado, liderada pelo Presidente interino, Juan Guaidó, com o apoio de alguns militares.

Maria de Lurdes Almeida, membro do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas, afirma que a maior preocupação prende-se com questões de segurança, face a uma situação de classifica de “muito confusa e com um desfecho incerto”.

A conselheira relata à Renascença que as notícias que correm são controladas pelo regime de Nicolás Maduro, através dos canais de informação, e dá conta de falhas nas comunicações.

“Temos grandes interrogações porque não sabemos o que pode acontecer. O país pode cair um derramamento de sangue e há ainda a possibilidade de novos saques. Conheço alguns portugueses que estão nas ruas, mas não há registo de feridos entre a comunidade portuguesa”, sustenta.

Confrontos entre militares do regime de Nicolás Maduro e apoiantes do autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, já fizeram, pelo menos, 69 feridos e 25 detidos.

Maria de Lurdes Almeida, conta à Renascença que muitas das estradas principais, em Caracas, estão cortadas ao trânsito e em muitas localidades só é possível circular a pé.

“Não será nas próximas horas que a Venezuela assistirá a uma transição de regime, mas acredito que esse processo está agora em curso”, aponta.

O comércio permanece encerrado bem como os estabelecimentos de ensino.

A comunidade portuguesa na Venezuela tem cerca de meio milhão de portugueses e lusodescendentes.

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