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Diminuir impostos não é prioridade para António Costa numa próxima legislatura

30 mar, 2019 - 11:38 • Inês Rocha com Lusa

Caso ganhe as eleições, a prioridade são os “serviços públicos, a dívida e investimento". Costa quer continuar a contar com Centeno nas Finanças e diz que Pedro Marques daria um "bom comissário europeu”.

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Diminuir a carga fiscal não é prioridade para o primeiro-ministro numa próxima legislatura, afirmou António Costa numa entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo.

Caso o PS ganhe as próximas eleições legislativas, a prioridade de António Costa são os “serviços públicos, a dívida e investimento”, antes da baixa de impostos.

“A minha prioridade, sou-lhe muito sincero, é prosseguir a trajetória de repor a qualidade dos serviços públicos e em particular do Serviço Nacional de Saúde (SNS), continuar esta trajetória de redução sustentada do défice e da dívida, porque acho que nós temos que nos propor chegar ao final da próxima legislatura com uma dívida pública que esteja próxima dos 100%” do PIB, afirmou, quando questionado se é uma prioridade a baixa de impostos.

Costa quer ter um “nível de maior segurança perante as incertezas que inevitavelmente, no médio longo prazo, o país enfrentará face à economia internacional”.

O primeiro ministro diz ainda que quer contar com Mário Centeno num eventual segundo mandato.

“Acho que tem mesmo a oportunidade de poder, se os portugueses nos permitirem voltar a formar um novo Governo, de ser não só aquele [ministro das Finanças] que fez uma legislatura completa, mas também fazer uma segunda legislatura”, afirmou nesta entrevista conduzida por Anselmo Crespo, subdiretor da TSF, e Rosália Amorim, diretora do Dinheiro Vivo.

Como tem acontecido noutras entrevistas, António Costa não coloca a meta eleitoral na maioria absoluta, afirmando apenas que quer “o melhor resultado possível” para o PS em outubro.

Pedro Marques “daria um bom comissário europeu”

Nas europeias de 26 de maio, os socialistas têm como cabeça de lista o ex-ministro Pedro Marques e o chefe do Governo assumiu que daria “seguramente” um bom comissário europeu.

Ainda sobre a nova lei de bases da saúde, que o PS já disse que confirmaria no parlamento se o Presidente da República a vetasse, o primeiro-ministro afirmou que as conversações com os parceiros à esquerda estão a correr bem e pediu que não se dramatize uma eventual ausência do PSD deste entendimento.

“Não vale a pena dramatizar muito a questão porque seria a primeira vez que haveria acordo”, afirmou, recordando como, ao longo da história recente, a esquerda e os dois partidos de direita, PSD e CDS, nunca se entenderam no SNS ou na lei de bases da saúde.

Comentários
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  • Cidadao
    30 mar, 2019 Lisboa 14:35
    Ou seja, mais 4 anos do mesmo: uma farsa. "Bons números" para continuar a ser o "bom aluno" em Bruxelas e por cá, orçamentos de mentira devido às cativações, e equilíbrio das contas à custa de cortes no investimento, salários baixos, "truques", e o mais alto nível de impostos que há memória. Mas isto nem é o pior... O pior é olhar-se à volta à procura de alternativas e só se verem partidos-agências-de-empregos à espera da Regionalização, para terem onde colocar a famelga e os Jotinhas das Juventudes Partidárias. Ou a retórica inconsequente e cheia de acusações estéreis, e a discutir o Passado, sem ideias de Futuro. Ou os ligados a Bruxelas, e dispostos a continuar a fazer de nós as cobaias do Directório... Como é que isto chegou a este ponto?
  • ze
    30 mar, 2019 aldeia 14:20
    O PS pode ganhar as eleições,mas nunca com maioria absoluta,vamos ver se desta vez as exigências e compromissos são iguais dos partidos de esquerda.

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