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Pelo menos seis crianças e dois adultos mortos a tiro em escola de São Paulo

13 mar, 2019 - 13:34 • Redação

Balanço de vítimas foi avançado pela polícia brasileira. Dois atiradores jovens, que seriam ex-alunos da escola, também morreram.

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Várias crianças foram baleadas esta quarta-feira numa escola pública em Suzano, na zona metropolitana de São Paulo. A informação começou por ser avançada pelos bombeiros locais, antes de a polícia confirmar que pelo menos seis crianças e dois funcionários da escola Raul Brasil morreram.

Ao todo há a registar pelo menos dez mortos, incluindo os dois atiradores que, depois do ataque, cometeram suicídio. A Polícia Militar diz que quatro estudantes e dois funcionários, entre eles a diretora da escola, foram mortos no local e que outras duas crianças morreram já no hospital.

A "Folha de São Paulo" diz que os suspeitos já foram identificados como sendo Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, e Guillerme Tauci Monteiro, de 17. Imagens captadas por câmaras de vigilância no local mostram pelo menos um deles a chegar à escola de carro, acercando-se do portão de entrada.

Há ainda pelo menos 17 pessoas feridas, na sua maioria crianças, várias delas em estado grave, avançou a polícia durante a tarde. Os motivos do ataque ainda não são conhecidos.

"Em três décadas de carreira nunca vi nada assim, é um crime brutal e indescritível", descreveu aos jornalistas Marcelo Salles, comandante das forças policiais do estado de São Paulo, à entrada do estabelecimento com mais de 1.000 alunos inscritos.

De acordo com Salles, a polícia chegou ao local oito minutos depois dos primeiros disparos, altura em que os atiradores já tinham cometido suicídio. Antes deste ataque, os mesmos suspeitos terão abatido um funcionário de um posto de lavagem de carros a cerca de 500 metros da escola Raul Brasil.

Os dois suspeitos adolescentes entraram no local com as caras tapadas e abriram fogo pelas 9h30 locais, 12h30 em Lisboa.

Para o local foram acionadas seis unidades de resgate do Corpo de Bombeiros, três do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), dois de apoio avançado e dois helicópteros.

Ao contrário dos EUA, e apesar da elevada taxa de criminalidade violenta no Brasil, os tiroteios em escolas são raros no país, aponta a agência Reuters. O último grande tiroteio num estabelecimento de ensino deu-se em 2011, no Rio de Janeiro, quando um ex-aluno matou 12 colegas a tiro dentro da escola.

[Atualizado às 17h]

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