09 fev, 2019 - 12:37 • Paula Caeiro Varela , com Rui Barros
O presidente do novo partido Aliança, Pedro Santana Lopes, chegou este sábado ao congresso do partido por si fundado, em Évora, garantindo que este é "um desafio especial", mas que será um momento sem "nostalgia".
No arranque do primeiro congresso, Santana Lopes insistiu na ideia de que está no Aliança pelo lado "bonito" da política. "Eu gosto é de ver pelo lado bonito da intervenção política. O que é feio – a corrupção, a falta de respeito pelos mandatos, o esquecimento das promessas, os combates estéreis – isso é o lado feio da política e da vida. O lado bonito da política é sermos capazes de lutar por aquilo em que acreditamos, as nossas convicções. Espero que enquanto tiver força consiga lutar por aquilo em que acredito", disse.
Sobre o novo desafio - o de criar um novo partido e concorrer a eleições - Santana Lopes reconhece que é "uma responsabilidade maior" e mais difícil do que usar os recursos de uma grande instituição que já existe. No entanto, para Santana, "é mais bonito ainda" criar tudo do zero.
Questionado pelos jornalistas à entrada para o congresso, Santa Lopes garantiu que não sente nostalgia em relação ao PPD/PSD e que nunca o ouvirão a dizer mal por onde passou. "Gosto de honrar todos aquelas com quem partilhei combates . Por isso ninguém me ouve ou ouvirá dizer mal das casas onde já estive. Agora nostalgia, não. Estou todo virado para o presente e para o futuro", explicou o líder do Aliança.
À entrada para a Arena d’Évora, que, até domingo, é “palco” do congresso do Aliança, Pedro Santana Lopes manifestou-se “bem-disposto” perante “este momento extraordinário, de uma realização exigente, de um partido que nasceu há três meses e tal”.
“Ainda não entrei, mas dizem-me que o que está lá dentro é a prova dessa capacidade de trabalhar” e “trabalhar muito”, vincou, insistindo tratar-se de “um momento especial”.
Abordado sobre a possibilidade do Aliança correr o risco de se tornar o partido dos desencantados, Santana Lopes rejeitou a ideia e respondeu: "Não. Vai ver neste congresso que é o partido da gente encantada", disse.