30 dez, 2018 - 10:45 • Redação
Cerca de 40 milhões de eleitores vão escolher o sucessor do Presidente Joseph Kabila, nas eleições da República Democrática do Congo. O atual Presidente não se recandidata, impedido pela Constituição de concorrer a um terceiro mandato.
Este ato eleitoral acontece dois anos depois da data inicialmente prevista, e acordada após mediação dos bispos católicos, e depois de vários conflitos e epidemias que atingiram o país.
Estão no terreno cerca de 270 mil observadores nacionais e internacionais, mas o Governo da República Democrática do Congo vetou a presença de algumas missões, incluindo da União Europeia e da Fundação Carter, o que levou a oposição a suspeitar da existência de fraude.
O Governo adiou ainda o escrutínio em três regiões conotadas com a oposição, nomeadamente em Beni, Butembo e Yumbi. A razão invocada tem a ver com riscos para a saúde pública, devido à epidemia de Ébola, mas a oposição teme que o adiamento seja seletivo e pelo menos em Beni a população organizou-se para votar à mesma. O escrutínio tem sido marcado também por dificuldades técnicas, com avarias nas máquinas de voto eletrónico e chuvas torrenciais em vários pontos do país.
O Ministério português dos Negócios Estrangeiros está a acompanhar a situação, e aconselha prudência, mantendo contacto permanente com a comunidade portuguesa residente naquele país.
São cerca de 700 portugueses que vivem na República Democrática do Congo, a esmagadora maioria na capital, Kinshasa.
[Notícia atualizada às 14h02]