15 dez, 2018 - 11:15 • Redação
A polícia francesa usou gás lacrimogéneo na zona dos Campos Elisíos para controlar os manifestantes que estão a provocar distúrbios, no quinto fim de semana de manifestações dos coletes amarelos, em França. As autoridades já falam em cerca de três mil coletes amarelos.
A manhã até começou mais calma, com mil manifestantes mobilizados para Paris, noticiava o “Le Monde”.
Este número confirma a ideia de um declínio na mobilização em comparação com os últimos fins de semana de manifestações. As autoridades apelaram para que os coletes amarelos moderassem os protestos depois dos incidentes de Estrasburgo.
Nas ruas da capital francesa estão oito mil polícias fortemente armados e carros blindados. Em todo o pais estão mobilizados perto de 70 mil elementos das forças de segurança.
85 detenções
O “Le Figaro” relata algumas escaramuças em Paris, especialmente na área da Avenue Wilson. Em Saint-Lazare, o ambiente também está tenso.
Os sinais são de que a tensão é menor do que no último sábado. Segundo a Reuters, a polícia realizou perto de 100 detenções, enquanto que há uma semana tinha feito 420. Um pouco por toda a França observa-se uma redução do número de manifestantes.
Após um mês de protestos intensos em toda a França, o balanço do movimento dos coletes amarelos é de seis mortos, mais de 1.400 feridos, milhares de detenções, prejuízos económicos de milhares de milhões de euros e abalos na vida sociopolítica francesa.
Macron quer calma
O presidente francês Emmanuel Macron disse, na sexta-feira, em Bruxelas, que a França "precisa de calma, ordem e retorno à operação normal"
Na última terça-feira, Macron admitiu falhas e disse compreender o descontentamento da população e anunciou um conjunto de medidas.
O chefe de Estado anunciou um pacote de medidas de emergência, com destaque para um aumento de 100 euros do salário mínimo nacional, a partir de janeiro, que passa de 1498 para 1598 euros.
O aumento da taxa para a Segurança Social dos pensionistas que ganhem menos de dois mil euros por mês também será cancelado em 2019.
No âmbito das medidas de emergência anunciadas, as horas extraordinárias passam a ser livres de impostos a partir do próximo ano.
[Notícia actualizada às 14h40]