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Banco de Portugal avisa. "Não podemos continuar com um crescimento potencial anémico"

19 nov, 2018 - 11:25

Governador do banco central considera que aquilo que separa a economia portuguesa das restantes "são as diferenças de produtividade e não o número de horas trabalhadas".

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O governador do Banco de Portugal (BdP), Carlos Costa, avisou, esta segunda-feira, que Portugal não pode continuar com um “crescimento potencial anémico”, insistindo que o que separa o país das restantes economias são as diferenças de produtividade.

“O que separa a economia portuguesa das outras são as diferenças de produtividade e não o número de horas trabalhadas”, disse o responsável durante a abertura da 9ª. Conferência do Banco de Portugal (BdP) sobre o desenvolvimento económico português no espaço europeu.

“Não podemos continuar com um crescimento potencial anémico. O país depende do crescimento potencial”, sublinhou o governador do BdP, referindo que este terá como resultado défices elevados, por um lado, e emigração, por outro lado.

Durante o discurso, Carlos Costa falou sobre a importância de refletir sobre as necessidades da economia portuguesa, sobretudo, “em tempos de crescimento económico”, sendo a discussão “ainda mais premente” quanto se observam “sinais de abrandamento”.

Ainda assim, o governador do BdP acredita que independente das oscilações cíclicas, só um crescimento “robusto” poderá fazer a economia portuguesa convergir.

Entre as alavancas citadas por Carlos Costa para exponenciar a produtividade dos trabalhadores estão o reforço das competências, a cultura de mérito e empreendedorismo, o “aprender a superar as iniciativas fracassadas” e a adequação do sistema financeiro às necessidades de financiamento das empresas.

A difusão do conhecimento e a necessidade de as empresas serem capazes de dialogar com detentores do conhecimento foram igualmente referidas por Carlos Costa, assim como a necessidade de melhorar a atratividade do ambiente de negócios e a simplicidade do sistema fiscal.

Comentários
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  • Rui
    05 dez, 2018 Lisboa 20:13
    Ora bem a receber 600 euros que produtividade é que ele quer?
  • Julio
    20 nov, 2018 Sta Maria da Feira 14:59
    Tal dinheirinho, tal trabalhinho. Enquanto não compreenderem a proporcionalidade directa desta operação simples não vamos a lado nenhum e podem dar as voltas que quiserem!!!

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