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Agressões na GNR. Exonerado comandante do centro de formação de Portalegre

04 dez, 2018 - 12:17

Anúncio foi feito pelo ministro da Administração Interna esta terça-feira de manhã.

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O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, anunciou esta terça-feira que o comandante do centro de formação da GNR de Portalegre foi exonerado na sequência das alegadas agressões a vários recrutas durante uma acção de formação.

Na Batalha, onde entregou 47 viaturas ao Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, o ministro revelou ter aceite o pedido de exoneração do diretor do centro de Portalegre, criticando o tempo que demorou até ter conhecimento do sucedido.
"Foi já aceite o pedido de exoneração do diretor do Centro de Formação de Portalegre da GNR, porque não é admissível a demora na notificação de factos relevantes", disse.

"Fiquei desagradavelmente surpreendido com aquilo que tive conhecimento", acrescentou.

A notícias das alegadas agressões foram avançadas pelo "Jornal de Noticias". O jornal escreve que cerca de dez formandos do 40.º curso do Centro de Formação da GNR, em Portalegre, terão sofrido graves lesões e traumatismos durante o "curso de bastão extensível", que obrigaram em alguns casos a internamento hospitalar e a intervenções cirúrgicas.

Eduardo Cabrita avançou ainda que "a GNR facultará à investigação, quer do Ministério Público quer da IGAI (Inspeção Geral da Administração Interna), todas as imagens que são sempre realizadas nas ações de formação para que tudo possa ser adequadamente esclarecido", aguardando a conclusão dos inquéritos em curso.

"Neste momento, devemos aguardar pelas conclusões sem nos precipitarmos. Está a decorrer o inquérito que determinei, elaborado pela Inspeção-geral da Administração Interna. Está a decorrer a averiguação interna pela GNR. O fundamental é apurarmos a totalidade da natureza dos factos. Antes de ter quer a informação definitiva prestada pela GNR, quer os resultados do inquérito da IGAI, não me quero pronunciar".

O ministro garantiu não ter ainda visto as imagens da sessão onde terão ocorrido as agressões. "As imagens que estão a passar são históricas, não são do curso em causa. O que garantimos é que as imagens reais, da ação que está a ser objeto de averiguação, essas serão disponibilizadas".

Curso obriga a atenção redobrada

A associação de oficiais da Guarda (APG/GNR) não comenta a exoneração do diretor do Centro de Formação da GNR de Portalegre.

Contudo, em declarações à Renascença, José Alves admite que o curso em causa obriga a uma atenção redobrada para que não sejam cometidos exageros.

"Há aqui uma linha muito ténue e difícil de equilibrar durante um exercício que envolve emoção, que envolve risco. Se não for devidamente acautelado e acompanhado pode dar azo a um ou outro episódio mais violento", defende o representante da APG/GNR.

Sobre se o afastamento do comandante é um indício de culpabilidade, José Alves diz que "a associação de oficiais não se deve pronunciar sobre decisões ministeriais".

[Notícia atualizada às 17h30]

Comentários
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  • Manuel
    04 dez, 2018 Lisboa 16:55
    Querem formar meninas para depois serem lançadas aos abutres. Este governo é formado por muitas pombinhas...
  • 04 dez, 2018 aldeia 14:09
    Ensinam os instruendos da GNR a serem "boas" pessoas para o cidadão!.................

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