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Estado da União

Juncker pede Europa mais solidária e sem fronteiras internas

12 set, 2018 - 09:18

A oito meses das eleições europeias, Jean-Claude Junker fez um balanço do último ano, no Parlamento Europeu.

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Uma Europa mais solidária e sem fronteiras internas, é um dos principais apelos deixados pelo presidente da Comissão Europeia no discurso sobre o estado da União.

No balanço do ano, feito esta quarta-feira, em Estrasburgo, Juncker afirmou que há um maior equilíbrio entre a solidariedade e a segurança entre os Estados-membros da União Europeia, dando como exemplo a diminuição do número de mortos no Mediterrâneo.

O presidente da Comissão Europeia falou de uma Europa mais competitiva e mais independente no que diz respeito à defesa, numa clara alusão à polémica decisão da Hungria de encerrar as suas fronteiras. Junker manifestou-se contra as fronteiras internas, reafirmando que não seria aceitável que existisse uma "Europa-fortaleza".

A oito meses das eleições europeias, Jean-Claude Junker falou no Parlamento Europeu, onde fez um balanço do último ano e apresenta as linhas orientadoras para os próximos meses.

Guarda costeira com 10.000 agentes

No seu último discurso sobre o “Estado da União” diante do Parlamento Europeu, o presidente do executivo comunitário elencou uma série de medidas que visam reduzir a pressão migratória enfrentada, sobretudo pelos países do sul da Europa, e que tantas tensões tem causado entre os 28.

Uma das propostas apresentadas visa reforçar o corpo permanente da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (FRONTEX), dotando-o de 10.000 agentes até 2020, de modo a melhor proteger as fronteiras exteriores da União Europeia.

Os membros do corpo permanente da FRONTEX poderão realizar tarefas que exigem poderes executivos, como, por exemplo, efetuar controlos de identidade, autorizar ou recusar a entrada nas fronteiras externas, e intercetar pessoas na fronteira, a fim de assegurar a sua plena eficácia operacional.

Supressão da mudança da hora

Defendeu também a supressão da mudança da hora, responsabilizando cada Estado-membro por escolher o horário de inverno ou de verão.

“Em maio de 2019 [data das eleições europeias], os europeus não vão aplaudir-nos se continuarmos a mudar a hora duas vezes por ano. A mudança da hora deve ser suprimida. Os Estados-membros devem decidir por si próprios se querem que os cidadãos vivam no horário de verão ou no de inverno”, indicou diante do Parlamento Europeu.

Em 31 de agosto, a Comissão Europeia revelou que uma maioria “muito clara” de 84% dos cidadãos europeus pronunciaram-se a favor do fim da mudança de hora na consulta pública realizada este verão.

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  • Cidadao
    12 set, 2018 Portugal 11:00
    E os Cidadãos da UE pedem mais transparência, mais intervenção dos cidadãos e uma palavra a dizer nos processos de gestão/administração/politicas seguidas, fim de órgãos cheios de burocratas não eleitos e que são os que "mandam na realidade" enquanto os órgãos eleitos são verbos de encher, verdadeira solidariedade primeiro entre Países da UE e só depois para com os outros, e todos os Países da UE tratados em pé de igualdade, chamem-se França, Alemanha ou Portugal, Grécia.

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