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“Quase inconcebível”, diz relatório sobre voo da Malaysia Airlines

03 out, 2017 - 08:04

Seguiam 239 pessoas no voo MH370, que desapareceu misteriosamente dos radares em Março de 2014.

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O desaparecimento do voo MH370 da Malaysia Airlines é “quase inconcebível” e “socialmente inaceitável na aviação moderna”, refere o relatório final, publicado esta terça-feira na Austrália.

O documento manifesta “profunda tristeza por não ter localizado o avião, nem tão pouco as 239 pessoas que iam a bordo e continuam desaparecidas”.

O relatório apresenta os pormenores da busca do MH370 e trabalho realizado pela Austrália numa área de 120.000 quilómetros quadrados no Oceano Índico, frente às costas ocidentais da Austrália.

Foi a 8 de Março de 2014 que o avião da Malaysia Airlines, um Boeing, desapareceu dos radares. Tinha decolado de Kuala Lumpur há 40 minutos, com destino a Pequim.

Segundo a investigação feita até agora, alguém terá desligado os sistemas de comunicação e virado a rota do aparelho. Isto, porque, se o avião seguisse na rota prevista, estaria a sobrevoar o Camboja ou o Vietname na altura em que desapareceu.

Por isso, as buscas começaram pelo Mar da China Meridional. Mas os indícios captados por um radar militar sugeriram que o avião tinha mudado de direcção repentinamente e as buscas viraram-se para o mar a oeste da Malásia.

Novas evidências revelaram que o avião tinha sido desviado propositalmente cerca de uma hora após a decolagem.

Estima-se ainda que o aparelho tenha ficado sem combustível e caído numa zona remota do Oceano Índico.

A bordo viajavam 154 chineses, 50 malaios, incluindo os 12 tripulantes, sete indonésios, sete australianos, cinco indianos, quatro franceses, três norte-americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadianos, um russo, um holandês e dois iranianos.

Nos comandos iam o piloto Zaharie Ahmed Shah, de 53 anos, e o co-piloto Fariq Abdul Hamid, de 27.

As buscas foram dadas por terminadas em Janeiro deste ano. Foram recuperadas algumas peças do avião em praias da ilha francesa de Reunião, Moçambique, Maurícias, África do Sul e ilha Pemba (Zanzibar), que foram arrastadas pelas correntes do Índico.

O relatório final hoje conhecido foi elaborado pelo Gabinete Australiano para a Segurança dos Transportes (ATSB, na sigla em inglês), que lidera a busca em que também participam a China e a Malásia.

O desaparecimento do avião da Malaysia Airlines é um dos maiores mistérios da história da aviação civil.

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  • MAMM
    04 out, 2017 Lisboa 17:28
    Pois o quase inconcebível e socialmente inaceitável quer dizer que o relatório de 400 e tal páginas mais não é que uma justificação para aquilo que de certeza se sabe mas não se pode divulgar. A história, mais tarde, se encarregará de explicar o agora mistério. Embora leigo, tenho poucas dúvidas que não se terá tratado de um acidente, nem de acto terrorista habitual, mas sim algo de que envolverá um ou mais Estados.
  • André
    03 out, 2017 Lisboa 19:36
    O avião despenhou-se a sudeste das ilhas Maldivas. Daí que entre Fevereiro e Junho deste ano, devem aparecer mais peças ali para os lados de Moçambique, pois os furacões do índicio são os culpados por arrancarem as peças do avião que está no fundo do mar.

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