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Fogo de Monchique passa a ser coordenado pelo comandante nacional

07 ago, 2018 - 13:01

Anúncio feito pelo ministro da Administração Interna esta terça-feira, ao fim de cinco dias de incêndio.

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Fogo sem controlo em Monchique
Fogo sem controlo em Monchique

O ministro da Administração Interna anunciou que o combate ao incêndio de Monchique, que lavra há cinco dias, vai passar a ter um nível de coordenação nacional, na dependência direta do comandante nacional da Proteção Civil.

O anúncio de Eduardo Cabrita foi feito numa conferência de imprensa na Autoridade Naiconal de Proteção Civil (ANPC) na qual anunciou a concentração da estratégia de combate para o “nível Nacional de coordenação” sob a alçada do Comando Nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

Admitindo que o combate ao incêndio “decorre em condições muito adversas”, o ministro enalteceu a “notável resposta” operacional, tanto em Monchique como em outros incêndios “de dimensão perigosa”, que deflagraram sábado na zona de Vale do Tejo e que “passaram rapidamente à fase de rescaldo”.

“Houve uma intervenção operacional muito significativa”, disse Eduardo Cabrita, recordando que desde o início do ano houve mais de sete mil fogos, todos sem vítimas, ressalvando, contudo, que, neste momento, "é tempo de combate e não de balanço".

Mais de 250 pessoas retiradas de casa

Mais de 250 pessoas foram deslocadas durante a noite no combate ao incêndio que lavra desde sexta-feira em Monchique, onde as operações se mantêm de "elevada complexidade", informou a Proteção Civil.

Num ponto de situação feito esta manhã na vila de Monchique, sede de concelho, o comandante operacional distrital, Vítor Vaz Pinto, indicou que foram assistidas neste incêndio 79 pessoas e que há 29 feridos ligeiros e um com gravidade.

O responsável, que não apontou o número de casas atingidas, afirmou que "a previsão meteorológica vai continuar desfavorável", com vento intenso, que dificulta a atuação dos meios aéreos, e temperaturas a rondar os 35 graus durante o dia. Ainda assim, haverá uma subida da humidade relativa.

O responsável apontou as zonas de Casais e da barragem de Odelouca como as mais críticas esta manhã.

Autoridades investigam causa do fogo

O Ministério Público (MP) e a Polícia Judiciária (PJ) estão a investigar o incêndio que deflagrou na sexta-feira no concelho de Monchique, distrito de Faro, disseram esta terça-feira à agência Lusa os dois organismos.

"O Ministério Público do DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] de Faro vai investigar os incêndios de Monchique, para determinar as suas causas e o seu eventual enquadramento legal", refere a Procuradoria-Geral da República, numa resposta escrita.

Fonte oficial da PJ confirmou que a polícia "está a investigar" o incêndio, no âmbito desta investigação titulada pelo DIAP de Faro.

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  • António dos Santos
    07 ago, 2018 13:56
    CONTINUAÇÃO - O que andou a fazer o Comandante da ANPC?!!! Andou a coçar a micose em vez de trabalhar? Sei que é um vício dos militares, que são uns parasitas!
  • António dos Santos
    07 ago, 2018 13:44
    Ainda ninguém compreendeu, que a ANPC, não é uma ajuda, mas sim, a causa do que se está a passar. Pois a ANPC é que comanda os incêndios e como ninguém pode avançar sem ordem da ANPC, e o pessoal competente e que conhece o terreno (bombeiros) ficam atados e o incêndio tomo proporções incontroláveis. Após o alarme de incêndio, os bombeiros saiam logo para o terreno e a partir do comando dos bombeiros é que a ANPC intervia para ajudar. Se analisarmos a história dos incêndios em Portugal, esta vergonha, só acontece com a criação da ANPC. Mesmo a nível dos municípios, o pessoal adstrito a esta activadade não têm o mínimo de qualidade, para esta tarefa. Quanto ao que está a acontecer em Monchique, é o espelho da incompetência do governo, das câmaras e restantes autoridades na área. Andaram a passear e não tomaram a decisão mais importante, que é fazer o ordenamento florestal e nesta altura não há nenhuma justificação, para o que está acontecer. Porque é que, depois da casa roubada é que se põe trancas à porta, isto é. onde andaram as máquinas de arrasto, durante o ano?!!!!! Os portugueses andam a sustentar uma camada de incompetentes, para não fazerem o trabalho para que são pagos. Dêem o controle dos incêndios, a quem sabe: BOMBEIROS e acabem com toda a chulagem que anda à volta dos incêndios e coloquem os militares dos três ramos das FA, a trabalhar durante o ano nas matas, em vez de andarem a coçar a micose nos quartéis, pois ganham muitíssimo bem, para fazerem alguma coisa.
  • Filipe
    07 ago, 2018 évora 13:42
    Este fogo revela e após o que aconteceu em Portugal o ano passado , uma humilhação decadente das forças que estão no ativo para o combater . Tem de reconhecer que são infantis e adoram brincar ao faz de conta ainda que para isso consigam matar gente inocente e ao mesmo tempo engordar as barrigas deles com milhares de euros mensais e milhões de euros distribuídos num país onde se passa fome , onde os bens primários são os mais caros da Europa e onde os professores trabalham de graça . Tenham vergonha meninos .

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