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EasyJet diz que alterações ao subsídio de mobilidade na Madeira podem ser "muito perigosas"

19 jul, 2018 - 10:23

Proposta de lei aprovada no parlamento prevê que sejam as companhias aéreas a adiantar o subsídio atribuído a residentes e estudantes da Madeira.

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A easyJet considera que as alterações em apreciação no parlamento para o subsídio de mobilidade da Madeira podem ser “muito perigosas” para a economia local, desde logo pondo em causa a operação das companhias aéreas.

“Não é de todo algo que seja agradável, estamos perante uma situação muito perigosa para o futuro da Madeira, em termos económicos”, afirmou o diretor da easyJet em Portugal, José Lopes.

Na semana passada, o parlamento aprovou na generalidade uma proposta de lei para que os residentes e estudantes da Madeira, beneficiários de um subsídio de mobilidade, paguem apenas o valor estipulado da viagem e não fiquem à espera de reembolso posterior.

Até agora, os beneficiários deste subsídio tinham que, no ato da compra, pagar a totalidade do preço dos bilhetes, sendo posteriormente reembolsados.

O documento, que baixou à especialidade para depois voltar a ser votado em plenário, prevê assim que sejam as companhias aéreas a adiantar o subsídio atribuído a residentes e estudantes da Madeira.

Falando aos jornalistas à margem da feira de aviação Farnborough Airshow, no Reino Unido, esta quinta-feira, o responsável da easyJet insistiu que a posição da companhia “é muito clara” e centra-se na recusa de substituir o Estado nos adiantamentos deste subsídio de mobilidade.

De acordo com José Lopes, “esta tomada de decisão na Assembleia da República foi uma surpresa para todos”. "Espero que haja bom senso da classe política e que compreendam o impacto extremamente negativo que isto pode ter para a economia da Madeira”, caso as companhias aéreas decidam sair em oposição às alterações, reforçou.

Com o modelo de mobilidade em vigor, estas viagens para os residentes na Madeira custam 86 euros, pagando os estudantes 65 euros, tendo um teto máximo de 400 euros. Nos casos das ligações pagas com cartões de crédito, os reembolsos são efetuados apenas depois de 60 dias.

Já nas deslocações entre o arquipélago da Madeira e o dos Açores, o valor máximo é 119 euros para os residentes e equiparados e 89 euros para os estudantes.

Com esta alteração, os beneficiários passarão a pagar apenas o valor que lhes corresponde, não sendo necessário avançar com o total e ficar à espera do reembolso.

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