Rogério Alves entende que é urgente que sejam realizadas eleições no Sporting, sob pena de recurso aos tribunais. O clube tem estado envolto numa guerra de palavras entre o presidente, Bruno de Carvalho, e o presidente demissionário da mesa da Assembleia Geral, Jaime Marta Soares.

À margem de conferência do Internacional Club of Portugal, em Lisboa, o antigo presidente da Assembleia Geral do Sporting, e antigo bastonário da Ordem dos Advogados, considera que o clube leonino tem "um problema gravíssimo", que causa "perplexidade" e desgosto" a todos os sportinguistas.

"As feridas e as fraturas estão expostas de uma maneira absolutamente impensável. A solução é a realização de eleições livres e participadas. O método até lá é tranquilidade e respeito mútuo", afirmou.

Na opinião de Rogério Alves, se o Sporting for por esse caminho, "as soluções poderão estar próximas e o problema poderá ser resolvido" dentro do clube. Caso contrário, "terão de ser os tribunais a decidir o que o Sporting nos seus órgãos não é capaz de decidir".

Palavra aos sócios e apelo à liberdade

Rogério Alves lembrou que o ambiente conturbado que se vive no Sporting tem prejudicado a vertente desportiva, o futebol em especial.

"Não há paz, não há treinador, a época está a ser preparada com grandes dificuldades", apontou Rogério Alves, sustentando a questão "patriótica" de promover eleições: "Nunca como hoje houve necessidade de dar palavra aos sócios. Os sócios vão ter de escolher e depois da escolha vão ter de se conformar com o resultado das eleições".

"Neste momento, a prioridade do Sporting é que haja eleições. Depois de estarem marcadas as eleições, chegarão as soluções", declarou.

Rogério Alves deixou, ainda, um recado a Bruno de Carvalho, que tem sido criticado por não aceitar opiniões contrárias às suas. O antigo dirigente leonino sublinhou que há que "aprender a respeitar as opiniões uns dos outros", porque Portugal é um "país de liberdade, onde as pessoas devem falar com liberdade".