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Nota de Abertura
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Defesa da vida é uma tarefa nunca acabada

29 mai, 2018 • Opinião de Nota de Abertura


Com o chumbo da eutanásia, é tempo de agradecer publicamente o esforço de tantos. Mas também é tempo de exigir que o Estado prossiga o seu dever de esclarecer e sobretudo de cuidar da vida de cada cidadão.

A consciência tranquila é um bem. E a consciência tranquila na vida pública é um bem maior, porque valioso e raro, tanto quanto o cidadão comum consegue percecionar.

Votada e chumbada na Assembleia da República a legalização da eutanásia, são muitas as centenas de homens e mulheres portugueses que podem dormir de consciência tranquila.

Fizeram tudo o que estava ao seu alcance para demonstrar aos deputados por eles eleitos que a eutanásia é um retrocesso civilizacional.

E que a vida humana é inviolável.

Que os cuidados paliativos não são uma mera necessidade, mas antes um direito de todos e para todos.

Com este resultado, é tempo de agradecer publicamente o esforço de tantos.

Mas também é tempo de exigir que o Estado prossiga o seu dever de esclarecer e sobretudo de cuidar da vida de cada cidadão.

A questão da eutanásia estará sempre na agenda política de alguns e lá voltaremos na primeira oportunidade que lhes for possível.

A resiliência na defesa da vida é, por isso mesmo, uma tarefa nunca acabada.

Comentários
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  • António José Gomes Costa
    31 mai, 2018 06:03
    "José Joaquim Cruz Pinto de Ílhavo" fez muito bem em referir Albert Einstein. O "relativismo" tem servido para desculpar todo o tipo de irresponsabilidades. A situação também não nova. Darwin e a apresentação distorcida das suas ideias não serviu também para o aparecimento de conceitos como a "raça ariana" dos nazis?
  • Anónimo
    30 mai, 2018 21:03
    Rádio Renascença, a Fox News portuguesa. Nojo!
  • Anónimo
    30 mai, 2018 21:03
    Os meios de comunicação devem ser IMPARCIAIS. A Rádio Renascença é tudo menos isso: é um pasquim da direita religiosa como o canal americano Fox News.
  • João Lopes
    30 mai, 2018 Viseu 20:39
    É verdade. «A resiliência na defesa da vida é ... uma tarefa nunca acabada». Temos de agradecer o dom da vida em todas as circunstâncias, entre outras razões, porque foi-nos dada!
  • José Joaquim Cruz Pinto
    30 mai, 2018 Ílhavo 13:13
    Continuando e concluindo: Qualquer ignorante sensato (como todos nós somos, em maior ou menor grau) intui que nem sempre deve abrir a boca. Claro que lá poder, pode, porque é esse o preço que devemos pagar pela liberdade de todos. Mas, às vezes, bem parece puro desperdício. Pensei em começar este comentário com uma citação literal do próprio Albert Einstein, ou fazê-la agora no fim, mas ... desisti ..., por causa de certos "limites", palavra aliás incluída na referida citação, e que por isso aqui leva "aspas".
  • José Joaquim Cruz Pinto
    30 mai, 2018 Ílhavo 13:10
    A questão da eutanásia é mesmo muito séria, e só deve ser discutida com honestidade, objectividade, e um mínimo de conhecimento; ou então, por favor, avise-se toda a gente que apenas se ensaiam especulações. De uma forma geral, tem havido cuidado na discussão, mas lá aparecem de vez em quando uns tantos sabichões a dizer asneiras, para não dizer bem pior. Um dos últimos apareceu em público, na televisão, salvo erro em horário nobre, a dizer que "não há absolutos" !! [No meu tempo, o simples enunciado de tal proposição, que automaticamente se auto-invalida (como a de dizer que "não há verdades absolutas"), talvez desse chumbo no secundário !] No entanto, a criatura foi mais longe, e justificou-se com Einstein, que (alvitrou) teria deposto todos os absolutos. É dos tais que, sem saber do que diz, resume a Teoria da Relatividade (talvez a dos jornais desportivos) dizendo que "tudo é relativo"; não precisava de tanto para concluirmos que estudou e sabe ainda menos de Física que de Filosofia e Lógica. De que é que saberá ? Coitado do Einstein (que tanto trabalho teve a demonstrar que há, de facto, absolutos físicos - leis e constantes físicas fundamentais - embora não aqueles que por tal eram tomados - espaço, tempo, energia, etc. - que, se tal fosse possível, daria voltas e mais voltas na sepultura, ... ou talvez não, ... por entretanto ter já ficado totalmente anestesiado. E, se fosse vivo, talvez reclamasse ser eutanasiado, por não suportar mais o disparate.