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Metro do Porto conclui primeiro túnel da Linha Rosa, que abre em julho de 2025

08 mai, 2024 - 18:36 • Catarina Santos , Ana Fernandes Silva Lusa com

A Metro do Porto concluiu hoje, debaixo da Rua dos Clérigos, a escavação do primeiro túnel da futura Linha Rosa, prevendo concluir os restantes dois túneis este ano e abrir a linha à operação em julho de 2025.

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O momento em que se rompeu o novo túnel da Linha Rosa
O momento em que se rompeu o novo túnel da Linha Rosa

A Metro do Porto concluiu esta quarta-feira, debaixo da Rua dos Clérigos, a escavação do primeiro túnel da futura Linha Rosa, prevendo concluir os restantes dois túneis este ano e abrir a linha à operação em julho de 2025.

"Este é o primeiro tramo, um tramo de cerca de 580 metros entre o Hospital Santo António e aqui a Praça da Liberdade. Seguir-se-ão mais dois tramos, entre o Jardim do Carregal/Hospital Santo António e a Galiza, que nós estimamos conseguir fazer o varamento até ao final do mês de junho, e depois, mais para a frente, entre outubro e novembro, o tramo entre a Galiza e a Casa da Música", disse aos jornalistas o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga.

A Linha Rosa ligará São Bento à Casa da Música, com ligação às atuais estações de metro, e terá estações intermédias no Hospital de Santo António e Praça da Galiza.

O responsável salientou que a etapa hoje assinalada, após o início da escavação em outubro de 2022, "foi uma parte da empreitada muito, muito difícil, com muitos constrangimentos e desafios", por se tratar de uma estrutura que passa "por debaixo de edifícios com muitos séculos", passando inclusivamente ao lado da Torre dos Clérigos.

"Fizemos este 580 metros sem nenhum impacto à superfície, sem nenhum dano significativo à superfície, e esse é um aspeto, verdadeiramente, de que nos podemos orgulhar", garantiu após o "furo" do túnel, no qual esteve acompanhado pelo vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, e pelo vereador do Urbanismo, Pedro Baganha.

Tiago Braga admitiu ainda que obras deste tipo "causam sempre muitos atritos do ponto de vista daquilo que é o cronograma" inicial, incluindo "atrasos", prevendo-se que a linha esteja operacional em final de julho de 2025.

Antes disso, o presidente da Metro do Porto disse que "até ao São João [24 de Junho]" será aberta a ligação rodoviária entre a Praça da Liberdade e a Praça Almeida Garrett (em São Bento), e até ao final do ano a empreitada irá "desocupar totalmente a Avenida dos Aliados".

"A última intervenção que existirá da empreitada na zona da Avenida dos Aliados, a ligação à Rua dos Clérigos, à Rua da Madeira e Rua 31 de Janeiro será a reposição do elétrico, porque dependerá das galerias de acesso à Rua da Madeira e à estação de São Bento", detalhou.

Quanto à conclusão da empreitada do Rio de Vila, perto do Largo de São Domingos, cujo túnel foi concluído em outubro de 2023, Tiago Braga disse que estão a ser feitas "as caixas de ligação do novo Rio de Vila ao Rio de Vila antigo", numa intervenção que estava prevista para o início da semana mas que foi adiada para o final "por questões técnicas".

Os custos totais da Linha Rosa ascendem aos 304,7 milhões de euros, após em julho do ano passado, o valor total das obras de expansão da linha Amarela e da linha Rosa subiu cerca de 20 milhões de euros para 511 milhões, segundo uma resolução do Conselho de Ministros.

Atualmente, a Metro do Porto conta com seis linhas em operação, aguardando-se a inauguração da extensão da Linha Amarela (D) entre Santo Ovídio e Vila d"Este (Vila Nova de Gaia), e a conclusão das obras da Linha Rosa (G), entre São Bento e Casa da Música (Porto) e da linha de "metrobus" entre Casa da Música e Praça do Império.

A obra da Linha Rubi (Santo Ovídio - Casa da Música), que inclui uma nova ponte sobre o rio Douro, já arrancou, e o concurso público para a segunda fase do "metrobus", que ligará o serviço até à Praça Cidade do Salvador (rotunda da Anémona), também já foi lançado.

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