06 abr, 2018 - 17:39 • Ângela Roque
“O significado da globalização para a Igreja e as culturas na Europa e em África” é o tema do simpósio que vai decorrer na próxima semana.
A iniciativa é organizada pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) e pelo Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagáscar (SECAM), decorrendo em Portugal a convite do cardeal patriarca de Lisboa.
Os participantes vão começar por se reunir no seminário dos Olivais, em Lisboa, no dia 12, onde os presidentes dos dois organismos católicos - o cardeal italiano Angelo Bagnasco, do CCEE, e o arcebispo de Lubango, Gabriel Mbilingi, do SECAM - vão falar sobre “A missão da Igreja hoje em África e na Europa”. Nos restantes dias vai prosseguir em Fátima.
No dia 13, sexta-feira, o bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, irá falar sobre “Os desafios da globalização para a Igreja”, numa sessão em que o tema dos trabalhos será apresentado por Lívia Franco, do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa.
Nos painéis que se seguem será abordado o impacto que a globalização tem tido nos jovens, na ecologia humana e no fenómeno migratório, tema em que intervirá o bispo emérito de Beja, D. António Vitalino, que tem tido a cargo a área das migrações e da mobilidade humana, no âmbito da Conferência Episcopal Portuguesa.
No dia 15, será divulgada uma mensagem final com a síntese dos trabalhos, que vão decorrer à porta fechada. Está previsto um único encontro com jornalistas, no dia 13, em que participarão D. Manuel Clemente, o cardeal Bagnasco e o arcebispo Mbilingi.
No comunicado enviado à Renascença, o CCEE lembra que há mais de uma década que os bispos católicos europeus e africanos organizam simpósios deste género, com o objetivo de “promover a colaboração pastoral entre os episcopados católicos dos dois continentes” e “fortalecer a comunhão e a partilha” da reflexão que é feita sobre os grandes desafios que se vão colocando à Igreja.
O CCEE reúne, atualmente, 33 conferências episcopais europeias e, ainda, os arcebispos do Luxemburgo e do principado de Mônaco, o arcebispo Maronita de Chipre, o bispo de Chisinau (República da Moldávia), o bispo Eparquial de Mukachevo e o administrador apostólico da Estónia. É um organismo presidido pelo arcebispo de Génova, cardeal Angelo Bagnasco, e tem como secretário-geral o sacerdote português Duarte da Cunha.
O SECAM integra 37 conferências episcopais nacionais e 8 regionais (por exemplo, a de Angola também integra São Tomé e Príncipe). É presidido pelo arcebispo angolano de Lubango, Gabriel Mbilingi.