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​Incêndios. “Tivemos o tempo da limpeza, vamos ter agora o trimestre da autoproteção”

09 abr, 2018 - 11:04

Governo apresenta, esta segunda-feira, os programas “Aldeia Segura” e “Pessoas Seguras”.

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O ministro da Administração Interna garante que nos próximos meses uma das principais preocupações do Governo, em matéria de prevenção e combate de incêndios florestais, será implementar medidas de autoproteção entre a população.

“Tivemos primeiro o tempo da sensibilização, o tempo da limpeza; vamos ter agora o trimestre de autoproteção. Estamos a fazer tudo para preparar, com meios reforçados mais do que nunca, [e ter] as condições para o melhor combate, quando for necessário”, disse Eduardo Cabrita, em declarações ao programa Carla Rocha – Manhã da Renascença.

Esta segunda-feira são apresentados os programas “Aldeia Segura” e “Pessoas Seguras”. No âmbito destes programas, as aldeias vão ter um "oficial de segurança" para transmitir avisos à população, organizar evacuações e realizar ações de sensibilização sobre incêndios.

O “oficial de segurança” será alguém nomeado pela junta de freguesia ou pela população e é a grande novidade destes planos, desenvolvidos em parceria com as autarquias.

Vão ser também criados locais de abrigo antifogo, para onde as pessoas podem dirigir-se em caso de risco. “Esse local pode ser o pavilhão de uma escola, pode ser o salão da paróquia, pode ser o local de uma associação desportiva. Por outro lado, se for mesmo necessário abandonar a aldeia é necessário que todos saibam como fazer e a quem devem recorrer”, acrescenta Edurado Cabrita.

O objetivo de “Aldeia Segura” e do “Pessoas Seguras” é prevenir e diminuir os efeitos dos incêndios. Destinam-se a todo o país, mas têm como principal alvo os 189 municípios que possuem freguesias de risco.

“Estamos a falar fundamentalmente de organização de todos para a autoproteção e isso significa que nas seis mil aldeias, em mais de mil freguesias que estão identificadas como integrando áreas de maior risco, (…) vamos, por um lado em articulação com a junta de freguesia e com os municípios, divulgar informação sobre o que fazer na iminência de um incêndio florestal”, esclarece o ministro.

Em junho do ano passado, o incêndio que começou em Pedrógão Grande lavrou durante uma semana e provocou, pelo menos, 66 mortos e mais de 200 feridos. Em outubro, o fogo que consumiu floresta entre os dias 14 e 16 matou 48 pessoas.

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  • Maria Catarina Lopes
    09 abr, 2018 Porto 11:52
    A única solução para acabarem com os fogos era cortar toda a floresta e plantar batatas, sim BATATAS.....se os crânios deste governo pensam que os fogos vão acabar e que podem ir de férias, estão enganados, não é obrigando os nossos velhotes rurais a limpar as matas que vão conseguir...e a propósito o Estado já limpou os montes do Estado? e a Brisa? e as Estradas de Portugal? se vigiassem mais a floresta e ao primeiro sinal de fumo actuassem rapidamente com os aviões e com os meios necessários , então os fogos seriam reduzidos consideravelmente e incendiário apanhado só podia ver a luz do dia após 20 anos à sombra.

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